Estivemos isolados por muito tempo e, na verdade, os dias de confinamento social não só não foram totalmente suprimidos como ainda podem voltar a ser uma realidade em tempo integral, a exemplo do que aconteceu na Europa. Com tanto tempo em casa, o vestir se tornou algo muito atrelado à necessidade de conforto – físico e mental. Com exceção de alguma atenção para a parte de cima do corpo, com acessórios ou peças mais elaboradas e um talvez um mínimo de maquiagem para aparições um pouco mais cuidadosas nos dias de reuniões virtuais, a verdade é que o look do dia não fazia mais parte das nossas prioridades e se tornou simplesmente uma obrigação diária que não nos exigia muita reflexão frente a preocupações muito maiores que vieram com o advento da pandemia. No entanto, a vida inevitavelmente se adapta e volta ao normal, mesmo que esse normal não seja parecido com o que estávamos acostumados. Sair do acolhimento do lar em um momento tão delicado pode, sim, ser uma experiência um tanto quanto desafiadora e isso reflete na nossa comunicação visual, ou seja, nosso estado de espírito se manifesta, também, na forma como nos vestimos. As coleções da temporada spring 2021 mostram que o ato de se vestir não precisa se tornar mais um obstáculo e tampouco deve sacrificar o conforto.
É certo que diante de uma profusão de conjuntos de moletom usados de forma incansável, muitas pessoas querem voltar a se arrumar e temos movimentos nesse sentido também. Exageros, abundância e design efusivo para quem quer ser notado ao colocar os pés na rua e, na outra ponta, o conforto sofisticado para quem não abre mão do estilo mas ainda quer sentir a segurança que só um suéter de lã feito a mão é capaz de proporcionar. Essa mistura entre acolhimento e requinte formata o movimento da alegria de voltar a se vestir. Muitas marcas se utilizaram desse combo em suas novas coleções e vimos as peças que remetem ao visual confortável para se ficar em casa aliadas a outras mais nobres, construindo um novo estilo hi-low. As características principais desse movimento implicam em modelagens desprendidas, tecidos leves, porém distintos, styling sem grandes intervenções, mas com detalhes suficientes que demonstrem informação de moda, texturas simples misturadas com tramas mais elaboradas, o casual encontrando o refinamento.
Nos novos tempos, o ato de se vestir deve ser, acima de tudo, leve. A proposta aqui é vestir-se para se sentir bem, sem distinções entre o que é a roupa de sair e a de ficar em casa.
Passada a temporada de alta-costura em Paris, Pierpaolo Piccioli nos presenteou com a coleção couture da Valentino que foi apresentada ontem, em Roma. Denominada “The Performance: of Grace and Light, a dialogue between Pierpaolo Piccioli and Nick Knight”, as 17 criações do estilista para a Maison parecem ter saído de um sonho. Na ausência de desfiles, Piccioli firmou parceria com Nick Knight, um dos fotógrafos mais reconhecidos e importantes do mundo, cujo trabalho beira o fantástico com imagens vanguardistas e de impressão plástica que causam um efeito visual impressionantemente belo. Ambientada em uma espécie de circo, com um fundo escuro profundo e vazio que garantia ainda mais destaque para as roupas, a coleção de alta-costura da Valentino teve foco no branco e nos metalizados claros, nas texturas leves, porém luxuosas de plumas e tules e, claro, nos volumes dramáticos que já são uma assinatura do trabalho de Piccioli. Os vestidos de comprimento exageradamente alongado vinham flutuando nos corpos das modelos colocadas em trapézios, causando um resultado final ainda mais exuberante e bem condizente com a função de escapismo que as criações de alta-costura têm o poder de causar.
A apresentação da alta-costura da Valentino ainda contou com uma performance transmitida ao vivo que vale a pena ser vista:
Ontem a Valentino lançou sua coleção resort 2019 em um shooting feito em Roma. Em clima de férias, como as coleções resort devem ser, as fotos mostram as modelos andando pela cidade italiana com roupas em sua maioria compostas pelo clássico trio de cores vermelho, marinho e branco. Além disso, as bandanas na cabeça, os óculos oversize quadrados, vestidos em estilo lenço e calças flare apontavam para uma estética de inspiração setentista. Veja alguns cliques da coleção e, ao final do post, encontre nossa seleção de peças com o mood proposto pela Valentino.
A semana de alta-costura de Paris nos trouxe boas referências de maquiagem, inclusive com extremos: tivemos o exagero dos anos 80 retratado através de sombras coloridas e blushes bem marcados (falamos sobre isso aqui) e a sutileza do rosto lavado. A maquiagem fresh apresentada junto com a coleção couture da Valentino é iluminada em pontos estratégicos do rosto, como as maçãs, lábio superior e canto dos olhos. Na boca apenas um brilho discreto e nos olhos, sombras com pouca luminosidade e que quase se igualavam à cor da pele das modelos. Um pouco de corretivo para completar e pronto! Está feito o visual fresh da “make nada”. Você pode comprar os produtos certos para copiar o visual do desfile da Valentino ao final do post!
A semana de alta-costura de Paris sempre rende boas inspirações e o desfile canadian pharmacy da Valentino nos proporcionou muitas. Em uma homenagem ao quarto centenário da morte de Shakespeare, o show contou com muitas referências do século 17 e do romantismo. Mas um dos pontos altos da coleção foram os colares. Imponentes china viagra e diferenciados, as peças mostravam misturas de pedras e metais de uma forma muito bruta e com alusões ao universo do teatro. De babar!
Mais uma tendência muito forte para o resort 2016 foram as rendas diferenciadas.
Rendas de infinitas maneiras apareceram nas passarelas do resort 2016. Os tecidos que trazem mais novidade no assunto estava na coleção da Zimmermann e Giambatista Valli – bastante elegantes e fininhas, a cara do verão! Temperley London e Diane Von Furstenberg trouxeram a renda na cor branca, com texturas e modelagens bem inovadoras.
No painel acima, já com pegada mais feminina e um “quê” de bohemian style estão os vestidos de comprimento mais londo, de Valentino, Burberry Prosum e Chloé! Valentino, mostra um trabalho lindo de patchwork com rendas de diferentes padrões e cores fortes, enquanto que Burberry faz algo próximo, porém, em tons mais pálidos. A Chloé, segue uma linha muito mais feminina e elegante, com um barrado incrível e aplicações ao longo da peça, como se fosse uma explosão de flores bem delicadas na monocromia do look! _________________________________________________________
E não podíamos deixar de dar uma atenção especial à Christopher Kane que tem sempre um trabalho impecável com rendas e “afins”. Desta vez ele faz um bem bolado de tule, bordado em alto relevo, resultando numa renda magnífica, de encher os olhos. É… para quem achou que a renda fosse sair de cena, está enganado, ela continua e promete inovar ainda mais os seus looks de verão!
Acabamos de passar pela semana de Resort, e agora vamos colocar aqui no blog as marcas e tendências que mais se destacaram. Começando Valentino, que tem como designers, Maria Grazia Chiuri e Pierpaolo Piccioli. As peças pareciam partir do princípio de serem simples, telas prontas para serem preenchidas de bordados de miçangas italianas, vindas do próprio ateliê da maison, em Roma. O mais incrível é que ela vem caminhando pelas estampas camufladas coloridas, pelos patchworks em tons pastel e até motivos orientais, e a cada coleção as mesmas são desenvolvidas, revisitadas e superam todas expectativas, criando mais desejo ainda.
A coleção começa com looks pretos cheios de insfluência folk – alfaiatarias, casacos, blazers, saias de renda e de chamois, tudo preto e com bordados multicoloridos de folhagens, borboletas e desenhos geométricos que pertencem ao movimento folclórico.
As combinações mesmo que pertencentes ao mesmo grupo de cores, como os primeiros looks, modificam muito suas propostas, ao passo que são combinadas com diferentes acessórios, desde os maxi brincos de penas, headpieces de borboletas, as bolsas a tira colo e claro,os sapatos – não nos surpreenderiam se as produções fossem compostas pelas sapatilhas flats, mas não, os looks eram combinados à botas estilo country de bico fino, sapatos oxfords ou então, aos tênis com formato de all star – todo estampado.
Mas abaixo, vamos ver as releituras das outras estampas conhecidas, que já foram temas de outras coleções, mas jamais utilizadas assim misturadas – o trench coat azul céu ainda no estilo folk, depois a mesma peça caramelo com motivos orientais (flores e pássaros) e por último um casaco de pelúcia, mostrando outra padronagem asiática. Os estilistas disseram ao site Style que eles tiveram como base, duas coisas: uma é a liberdade e a outra é a famosa frase de Diane Vreeland: “Os olhos têm que viajar”. Seus pontos de referência foram de bem perto para bem longe, mostrando motivos oriundos do americano nativo até os dragões chineses bordados nas jaquetas. O mundo está compactado aqui nesta coleção e todos estão na coleção de Valentino!
Por último, não podia faltar o RED VALENTINO. Já que esta coleção compõe tudo, o longo vermelho não ficaria de fora! Agora é só aguardar as coleções “Menswear” e “Haute Couture” que serão produzidas e desfiladas, expecionalmente em Roma!
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