30.09.21 | Moda Semanas de Moda
A semana de moda de Paris começou e já nos trouxe diversas nuances dos movimentos que estão por vir. Até agora (e pelo que também observamos nos desfiles das outras cidades), os anos 80 serão uma das principais referências de estilo, junto com os Y2K e a década de 60, que deu as caras em visuais muito literais de algumas apresentações. Além disso, a sensualidade ligada à libertação do corpo após tantas constrições se consagra como um estilo a ser explorado em seu extremo, sem qualquer pudor. No mais, um sentimento coletivo de renovação através de uma imagem apocalíptica imprime a clara mensagem de que o mundo não é o mesmo e a mudança se manifesta por meio de intervenções potentes que transmitem a energia do renascimento.
29.09.21 | Moda Semanas de Moda
Na segunda parte dos movimentos de moda identificados na fashion week de Milão, tivemos alguns desdobramentos que já tínhamos observado no circuito de outras cidades e mais alguns inéditos, mas que estão em consonância com as narrativas estéticas relatadas para nossa fase pós-pandêmica. O clima geral é de descontração, projeções de um futuro mais otimista e maleabilidade através de texturas que imitam o dinamismo da água, mas também de questionamentos sociais e políticos através do uso das cores ou de códigos de feminilidade unidos ao que é considerado subversivo.
24.09.21 | Semanas de Moda
Começamos a semana de moda de Milão e logo nos primeiros desfiles constatamos diversas estéticas que se assemelham aos movimentos já identificados nas fashion weeks londrina e nova-iorquina, mas também observamos narrativas inéditas. A sensualidade, mais uma vez, ronda a temporada sem desculpas e sem pudor e se manifesta em sua forma mais primitiva e atraente. Por outro lado, visuais que evocam referências do passado e mais ligadas à natureza também se fizeram presentes. Confira nossas primeiras impressões da semana de moda milanesa.
23.09.21 | Moda Semanas de Moda
A semana de moda de Londres terminou há pouco e nos forneceu movimentos interessantes para a próxima temporada primavera/verão. Os designers que se apresentaram neste circuito foram categóricos na mensagem do resgate da sensualidade em suas mais variadas vertentes. O estilo foi explorado através do toque sedutor das plumas, da eletricidade do pink, das texturas metalizadas, das referências de subcultura, na estética esportiva e também de maneira dramática, com todas suas principais características colocadas em uma única composição. Outra narrativa bastante utilizada foi a da revisitação do começo dos anos 2000 – o que já vinha sendo observado como uma das buscas mais crescentes nas redes sociais se concretiza para dominar o varejo.
22.09.21 | Moda Semanas de Moda
Na segunda parte do resumo dos desfiles da fashion week nova-iorquina notamos alguns movimentos que podem ser vistos como uma extensão daqueles mencionados na primeira parte e outros que se confirmaram das semanas de moda ocorridas na escandinávia. Fato é que desde o começo da nossa realidade pandêmica, duas macro-tendências parecem se confirmar a cada temporada: o maximalismo e o minimalismo. O primeiro pautado pela ideia da informação de moda extrema e o segundo que prioriza o conforto e a modéstia parecem ser o norte de diversos outros micro-movimentos que conseguimos detectar nas apresentações até agora.
09.09.21 | Semanas de Moda
A temporada spring 2022 começou em Nova Iorque nesta semana e já nos oferece diversos desfiles presenciais após mais de um ano de apresentações alternativas. Nestas primeiras coleções, já conseguimos observar alguns movimentos que podem nos indicar as diretrizes para as tendências do nosso verão 2022/23. Confira nossas primeiras análises:
26.08.21 | Moda Semanas de Moda Tendências
Na segunda parte das nossas análises das apresentações da semana de moda dinamarquesa vimos que a sensualidade se fez presente nos detalhes para equilibrar movimentos de referências mais urbanas ou delicadas, que a ressignificação de roupas e acessórios cada vez será mais presente em prol de atitudes de consumo e de criação mais sustentáveis, que olhares amplificados podem fazer surgir novas propostas e que a criatividade pode ser exercida mesmo nas inspirações mais tradicionais. Confira a segunda e última parte das nossas observações sobre os movimentos de moda da Copenhagen fashion week:
24.08.21 | Moda Semanas de Moda Tendências
Quem acompanha o blog há um tempo sabe que nós temos um apreço especial pelas semanas de moda escandinavas. Isso porque, além de ser recomendado – tanto para quem trabalha nesta área como para quem gosta – analisar as fashion weeks que ocorrem fora do circuito tradicional NY-Londres-Milão-Paris, as apresentações dessas regiões são cheias de referências criativas e inspiram tanto pela audácia, quanto pela beleza (especialmente pelas novas propostas do que entendemos por belo). A semana de moda de Copenhagen da temporada spring 22 aconteceu neste mês e já montamos um report dos principais movimentos que observamos por lá, dividido em duas partes. Confira:
15.07.21 | Lifestyle Moda Semanas de Moda
Em um período tão desafiador é normal e esperado que nos questionemos sobre prioridades, relevâncias e o papel das coisas em nossas vidas, seja no âmbito subjetivo ou para a coletividade. Nesse sentido a semana de alta-costura – super exclusiva e feita para uma parcela ínfima da população – pode parecer deslocada da realidade, ainda mais da nossa realidade atual, mas a gente pode fazer um exercício e pensar um pouco além disso. Para nós é óbvio mencionar o papel escapista que a moda performa e que é de extrema importância para períodos em que um alívio mental é necessário. Ainda mais quando tratamos de alta-costura, onde a função imaginativa da moda é ainda mais potente, nossa condução para um lugar de escapismo através da observação e da admiração, tanto em relação à técnica quanto à beleza das criações, é inevitável. Nesse contexto ainda temos o desenvolvimento criativo dos próprios estilistas. A temporada de alta-costura é o ambiente fértil para a inovação, para o vanguardismo e até para a piração. É aqui que os designers exercem suas expertises técnicas aliadas aos projetos imaginativos livres de limitações. Fato é que o mundo aos poucos está voltando ao normal (especialmente no hemisfério norte) e com uma profusão de discussões a respeito do papel da moda daqui pra frente junto com uma realidade em que diversas marcas têm buscado mudar seu direcionamento estético para algo que acreditamos ser mais condizente com a realidade (leia-se criações modestas, confortáveis, que priorizam a performance e com pouca margem para um estilo diferenciado), é esperado que um caminho totalmente diferente seja tomado quando o clima é propício para tanto. E nessa temporada de alta-costura, foi justamente o que aconteceu. Nesse lugar onde a inovação e a generosidade não têm um limite orçamentário, o luxo imperou. Mas não estamos falando de qualquer variação contemporânea a respeito da definição de luxo. Aqui o luxo é o que é e ponto. Sem desculpas. Todos aqueles códigos que atravessam a história e que formaram a concepção clássica do que é luxuoso podem ser encontrados aqui. Volume, brilho, exuberância, pele (fake, obviamente, já que até o luxo mais tradicional é passível de adaptação), joias, luvas, chapéus, scarpins de bico fino. O luxo pelo luxo na sua representação mais clássica teve uma retomada significativa nessa temporada que visa, além do escapismo, a clara mensagem de que ninguém aguenta mais a escassez – financeira, de escolhas, de autonomia sobre as mais simples decisões, de respirar… – é a abundância mostrada através de códigos de riqueza e por mais que não nos seja sequer alcançável o produto da alta-costura, sua mensagem é democrática e nos atinge em cheio. Que venham os tempos abastados!
23.03.21 | Semanas de Moda Tendências
Nós já falamos sobre alguns movimentos de moda que percebemos durante as apresentações da temporada fall 21 e muito do que vimos até agora tem relação com atitudes mais sustentáveis, através do exercício de renovar e otimizar peças já existentes, do resgate de uma atmosfera retrô, que também acena para o ato de voltar a usar algo esquecido, ou mesmo consumir de maneiras alternativas, se voltando para as trocas ou brechós, por exemplo. Também já falamos sobre o movimento da sobrevivência (para relembrar, clique aqui) que aponta para as diversas nuances a respeito do tema, seja através do conforto que remete à segurança do lar, passando pelas referências apocalípticas do cinema, dos games e da literatura, chegando ao visual composto por diversas camadas que sugere a resistência através de uma vida nômade. A exploração das nossas formas tão plurais e subjetivas de sobreviver também engloba encontrar maneiras mais sustentáveis de consumir e ambos os movimentos podem ser inseridos no conceito deste que chamamos de “A Era do Gelo”. Se observarmos o que foi apresentado nessas recentes coleções, veremos uma interpretação dramática do que a moda espera para o futuro, em especial para o inverno que, com base nos looks criados, será implacável. O exagero das camadas, o volume e o peso dos casacos, a utilização de matéria prima que remete à ancestralidade humana (pelos fake em especial) e a proteção do corpo elevada a níveis extremos propõe não só um visual glamouroso e ao mesmo tempo preparado para as temperaturas glaciais, mas também nos convida a refletir sobre a necessidade de se vestir dessa maneira. Será que com nossos hábitos atuais estaríamos caminhando para uma nova era do gelo? As passarelas aqui indicam, num primeiro olhar, o ato de sobreviver a condições extremas, mas também podem ser interpretadas como um apelo para que repensemos nossas posturas para não chegar a este ponto.
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