CFW fall 23 street style | BOMBER

08.02.24 | Look da Paula


 

Para além dos blazers amplos, dos sobretudos ultra sofisticados e dos casacos de pele fake com ares vintage que são tão característicos do estilo nórdico, o street style da semana de moda de Copenhagen nos trouxe outra opção de peça de complementação tão bacana quando as citadas: a bomber de couro. Com um ar da década de 80, a peça traz um toque esportivo para o visual, ao mesmo tempo em que mantém um requinte por conta do material mais nobre. Sejas nas cores tradicionais como o preto ou marrom ou em tons mais vibrantes e inusitados, esse terceiro elemento é uma alternativa cool, urbana e moderna para complementação dos looks invernais.

 

BIGGER and LOWER – veja como são as calças jeans da próxima estação

13.01.23 | Look da Paula


 

As coleções pre-fall 2023 mostram que as calças skinny ainda estão longe de triunfar novamente. Isso porque as marcas, ainda de olho em uma clientela jovem, estão apostando em peças com modelagens maiores e extremidades alongadas e essas características também valem para as calças jeans. Já há algum tempo os modelos menos ajustados estão em alta, mas ao que tudo indica na próxima estação as calças jeans vêm ainda mais volumosas, com barras longuíssimas e, ainda com resquício do movimento da estética dos anos 00, com a cintura ultra baixa. É claro que apesar de uma clara inspiração nos desejos de uma geração mais nova, a peça pode e deve ser aproveitada por qualquer consumidor. Itens volumosos compõem produções lindas, repletas de informação de moda e aptas ao dinamismo do dia a dia, portanto, nada impede que esses modelos sejam incorporados por qualquer faixa etária. E as referências para adotar a peça com maestria podem ser vistas justamente nas campanhas pre-fall, onde as marcas elaboram imagens que podem facilmente servir de inspiração por serem mais condizentes com a realidade. Blazers, camisas e suéteres um pouco mais volumosos, botas pesadas e casacos em materiais nobres como o couro podem ser os complementos ideais para trazer esse jeans de proporções generosas para um armário mais adulto.

 

SPFW 53 – Os movimentos que marcaram a semana de moda paulistana

13.06.22 | Look da Paula


 

Se pudéssemos escolher duas palavras para descrever a atmosfera das coleções apresentadas nessa edição da SPFW seriam sensualidade e sofisticação. Essas duas características permearam de maneira muito subjetiva cada apresentação, mas com um fator em comum: a brasilidade. A espontaneidade, a despretensão, a leveza e todas as características que moldam o espírito brasileiro se manifestaram em cada criação de modo a enaltecer diferentes maneiras de ser brasileiro, em especial nos contextos mais distantes da bolha da moda. Seja nas criações mais sofisticadas, passando por aquelas mais esportivas ou mesmo nas peças ultra festivas, o DNA brasileiro pôde ser notado e vem se firmando como um movimento de retomada do nosso orgulho e da nossa liberdade (baseada na esperança de um cenário pós-pandêmico e na iminência do atual governo se tornar apenas uma lembrança vergonhosa, porém distante) e isso ocorre, também, por conta de uma nova leva de criativos talentosos que ampliam nossa percepção sobre a moda brasileira. Observamos seis movimentos nesta SPFW que contextualizam a sensualidade e a sofisticação brasileiras de maneiras muito diversas, tal como a moda deve ser.

 

 

 

 

 

 

HAPPENING NOW – 3 microtrends que estão em alta no momento

01.06.22 | Look da Paula


 

Já faz muito tempo que os desfiles deixaram de ser a única fonte de inspiração e origem quando tratamos de movimentos de moda. Além das ruas e dos movimentos culturais, hoje ainda temos as redes sociais que não só fazem parte do mecanismo de criação de desejo, como também são uma das principais fontes do surgimento e da propagação de uma tendência, ainda que de maneira muito rápida. De olho nessas novas dinâmicas, criamos a tag #happeningnow, que são justamente esses micromovimentos que ganham enorme notoriedade, sobretudo nas redes sociais, e que tão logo surgem, também são rapidamente substituídos. Dessa vez percebemos 3 microtendências que também já foram detectadas nas imagens do street style das últimas semanas de moda. A calça paraquedas tem uma estética bem utilitária e vem com a forma ampla, dramática e bem literal a sua referência estética. A bota cowboy aqui passa longe da inspiração western ou boho e compõe produções sofisticadas, urbanas e sensuais. No campo dos acessórios, as bolsas estruturadas, compactas e de textura brilhante são as escolhidas para finalização do visual e ganharam notoriedade especialmente pelos modelos Ring Swipe da Coperni.

 

PFW S/S/ 22 – os conceitos dos desfiles que encerraram a semana de moda de paris | pt.2

14.10.21 | Look da Paula Moda Semanas de Moda


 

Mais uma temporada encerrada e aqui também finalizamos as análises iniciais sobre os movimentos, os conceitos e as estéticas que cercaram as apresentações de NY, Londres, Milão e Paris. Muita coisa mudou após o período turbulento que enfrentamos (e ainda estamos enfrentando)? As temporadas passadas que se deram no meio do período crítico da pandemia nos indicaram que sim, que a moda sofreria alterações significativas a fim de se tornar algo mais perto da inclusão, da ideia democrática, da sustentabilidade, da responsabilidade social e emocional e mais longe do papel elitista e opressor em diversos sentidos. Mas esta temporada nos mostrou que a moda ainda está um pouco longe de cumprir com efetividade a sua função social. No direito, o princípio da função social abrange não somente os interesses privados, mas também coletivos e garante que as relações jurídicas cumpram certas regras a fim de prevaleça o bem comum e a redução nas desigualdades sociais. Muito progresso já foi realizado, mas parece que nesta temporada voltamos algumas casas no jogo da vida. Moda também é sonho, escapismo, beleza, mas não pode ser só isso. Ao menos não no sentido estrito destes conceitos. Movimentos que enaltecem os corpos através da sensualidade pura com certeza foram os grandes destaques desta temporada, e do ponto de vista da liberdade feminina, especialmente em tempos onde a nuvem carregada do conservadorismo hipócrita paira sobre o mundo, são mais do que bem-vindos. Mas enaltecer este movimento através de um único padrão magro – esquelético em alguns casos – e previsível, como foi o caso de inúmeras marcas, ainda parece muito distante da mudança ideal que esperávamos que essa pandemia faria acontecer. Desfiles longos e com dezenas de looks também voltaram com força e certamente batem de frente com ideais sustentáveis de consumo. Afinal, precisamos de mais? É certo que a roda da economia precisa voltar a girar, mas insistir em um modelo antiquado de coleções intermináveis e silhuetas padronizadas é um meio eficaz de fazer isso acontecer? Deixamos aqui algumas reflexões sobre como poderíamos, de fato, tornar essas indústria um pouco mais relevante do ponto de vista do cumprimento da função social e abaixo você encontra outras reflexões a respeito dos movimentos propriamente ditos. Moda, afinal, também possui esse viés encantador de representar visualmente um período, de nos fazer pensar a respeito do que foi proposto por um designer através de imagens e de conceitos e de, sim, nos enriquecer culturalmente quando buscamos esses conceitos mais a fundo. A moda não é a vilã, e sim o que fazemos dela.

 

a.camisa + araras | confira a nova coleção

12.08.21 | Get Inspired By Lifestyle Look da Paula


 

Quem conhece a marca a.camisa da Paula sabe que as peças não seguem um calendário fixo de lançamento. Isso porque a a.camisa é baseada no princípio do slow fashion, que preza pela qualidade, exclusividade e principalmente pela experiência do cliente. Exemplo disso são as parcerias que já foram firmadas entre a marca e diversos nomes importantes tanto do mercado da moda quanto das artes, o que torna as peças ainda mais especiais. Então quando a a.camisa foi convidada para participar de um projeto tão único quanto o da loja Araras, a Paula sentiu que era o momento de uma nova coleção. A Araras é uma multimarcas excepcional que possui uma curadoria ímpar de produtos interessantíssimos, que vão desde roupas e calçados até objetos de decoração.

 

 

E para alinhar o storytelling da a.camisa com o manifesto da Araras, a Paula criou quatro modelos de camisa inspirados pela alfaitaria masculina e pela sofisticação atemporal deste universo. Os detalhes encontrados em cada uma das peças exploram essa atmosfera masculinizada, porém suave. São nervuras, golas estruturadas, modelagens levemente desprendidas, ombros delicadamente pontuados e estamparia clássica. Apesar dessas referências mais tradicionais, as camisas são pensadas para uma mulher contemporânea, que preza pelo conforto, mas não abre mão de deixar clara sua identidade através do estilo.

 

 

Todos os quatro modelos a.camisa já podem ser encontrados na Araras, que fica no primeiro piso do Shopping JK Iguatemi. Vale muito a pena conhecer esse universo Araras e todos os itens cuidadosamente escolhidos pelo competente time da loja.

 


 

 

Lembrando que estes modelos são encontrados somente na Araras, mas você pode conhecer as outras peças através da nossa loja virtual
 
Araras
Av. Pres. Juscelino Kubitschek, 2041, piso I

S/S 2021 VII – Naked Look

30.10.20 | Look da Paula


 

Em alguns de nossos relatórios feitos no período de isolamento social, percebemos que as peças que sugerem a proteção do corpo ganharão cada vez mais espaço no mercado. Durante esta temporada, no entanto, notamos que essa necessidade de proteção ainda persiste, mas pode ser alcançada mesmo com a exibição deste corpo através, principalmente, da transparência. Vestidos longos, mangas compridas, golas altas, sobreposições e demais características que servem neste movimento de proteção corporal são misturadas com matérias-primas leves e cristalinas que permitem a revelação de uma boa parte da silhueta. Abrigada, porém à mostra, é a diretriz do movimento. Vamos pensar o quanto já andamos cobertos. Nossos rostos escondidos por máscaras, nossos corpos protegidos das baixas temperaturas e do contato físico em tempos de risco de contaminação, para as mulheres, a ideia do abrigo que as roupas mais modestas proporcionam contra um eventual cenário de assédio etc. Estas são apenas algumas situações que demandam uma silhueta mais protegida e é absolutamente normal que queiramos contorna-las, na medida do possível, seja em razão de temperaturas mais altas, de ocasiões que nos tentam a um estilo mais sensual, ou apenas para desafiar comportamentos machistas e ocupar espaços com nossos corpos à mostra. O movimento propõe driblar a proteção incondicional da silhueta através da transparência. Olhar o próximo e permitir ser olhado.

 

S/S 2021 VI – Phone Case

29.10.20 | Look da Paula


 

Nós falamos na semana passada a respeito do movimento das bolsas gigantescas, que sugere o alcance de tudo que for necessário para tocar a vida profissional e pessoal que andam cada vez mais juntas (caso tenha perdido, clique aqui). Em contrapartida, temos este movimento das bolsas que lembram as capas dos celulares. Seu tamanho diminuto e sua forma estruturada insinuam justamente o oposto: carregar somente o imprescindível. O próprio design da bolsa indica que o aparelho celular é um destes objetos imprescindíveis para o dia a dia. Tudo, afinal, pode ser revolvido através destes objetos e, mais uma vez, vida pessoal e profissional se aproximam ao limite de se fundirem. Perceba que, independente de você ser do time das bolsas giga ou daquelas que se assemelham à capa do celular, o resultado final será sempre o mesmo: ter ao alcance o que torna sua rotina mais coesa e organizada – seja através de uma troca de roupas com direito a mudança de maquiagem, ou apenas de um simples aparelho celular.

 

RESORT 2021 | A viajante cool da Chanel

17.07.20 | Look da Paula


 

A apresentação da coleção resort da Chanel neste ano seria realizada na paradisíaca Capri, na Itália. Devido ao cenário atual, porém, a estilista Virginie Viard teve de criar a figura dessa viajante sofisticada e contemporânea aliada a atmosfera do mediterrâneo diretamente do seu apartamento em Paris. No entanto, o resultado não poderia ter sido mais certeiro. Como já dissemos aqui, as coleções resort são pautadas pelos looks mais simples e possíveis, mas não menos atuais e elegantes. Essa premissa era, inclusive, um norte para o trabalho de Gabrielle Chanel que sempre procurou descomplicar o visual feminino sem que este perdesse seu charme natural. Para esta temporada, Viard se baseou nas cores e na natureza do mediterrâneo e imaginou uma viajante cool, que sabe se vestir para qualquer ocasião sem esforço e sem perder a sofisticação – como uma verdadeira cidadã do mundo. As peças em jeans amplo e mais leve, junto com os maiôs e biquinis usados junto com roupas do dia a dia corroboram a representação desse personagem. As modelagens vêm menos ajustadas, com cortes retos e tradicionais e os detalhes é que fazem a diferença no visual: texturas que saltam aos olhos, cordas, elementos de design metalizados e acessórios mais robustos. A proposta de usar flats de materiais mais rústicos e que deixam os pés à mostra é sempre um diferencial, mesmo para os conjuntos mais clássicos da maison, já que esse tipo de calçado imprime casualidade ao look e equilibra as referências tradicionais da produção.

 


 

 

 

 

 

 

 

 

RESORT 2021 | O office look repaginado na Louis Vuitton

16.07.20 | Look da Paula


 

As coleções conhecidas como cruise/resort foram originalmente criadas para a clientela que fugia do frio no hemisfério norte para destinos de férias mais quentes. Como as coleções de inverno não serviriam para a ocasião e repetir as criações das coleções passadas de verão não era uma opção, grandes marcas passaram a elaborar coleções mais enxutas, de design simples e comercial e específicas para temperaturas mais elevadas. Com o passar do tempo, essa temporada se mostrou bem lucrativa para o mercado, já que essas coleções permanecem mais tempo na loja – até que haja a transição das coleções outono/inverno e primavera/verão – e seu design mais simples e democrático alcança uma gama maior de clientes. Outra peculiaridade a respeito da temporada resort é que nomes grandes da moda promovem desfiles extravagantes, geralmente em algum destino fora do circuito tradicional das fashion weeks. A Louis Vuitton é um desses nomes que investem pesado nas apresentações resort e já levou seu público para destinos como Rio de Janeiro, Nova York, Palm Springs, Kyoto, Riviera Francesa dentre outros. Mas em decorrência do novo momento que vivemos, deslocar um público considerável para uma apresentação luxuosa mostra uma desconexão com a realidade. Nicolas Ghesquière, portanto, optou por mostrar uma coleção enxuta mas não menos eficiente para o que o DNA da temporada pede. Outro ponto a respeito do resort da Louis Vuitton é que dificilmente sua cliente aproveitará uma viagem de férias quando a economia está instável e os postos de trabalho retornam aos poucos a sua rotina normal. Nicolas, ao que parece, produziu pensando a respeito desse retorno gradual para a realidade, que também não precisa ser tedioso e difícil. O office look proposto pela Vuitton tem personalidade, despojamento e é ultra contemporâneo. Com as clássicas assinaturas do trabalho de Ghesquière, como a exploração das formas orgânicas, as construções estruturadas da silhueta e a mistura de referências passadas com design futurista, a volta ao trabalho se torna muito mais interessante e menos cansativa, especialmente pelas influências esportivas e utilitárias que são sugeridas através de tênis, coturnos robustos, calças cargo e parkas amplas.