Especial #FIQUEEMCASA | Os movimentos artísticos que influenciam a estamparia do verão 21

19.05.20 | Moda Tendências


 

Arte e moda sempre estiveram conectadas de maneira íntima. A discussão sobre a moda ser uma forma de arte tem espaço vitalício no meio, mas é indiscutível que os movimentos artísticos sempre irão servir de base para as mais diversas criações. Nos desfiles da temporada verão 20/21 esses movimentos ganharam força na estamparia e vieram carregados na dramaticidade. A arte deixa de ser um mero detalhe e passa a ser realidade em peças únicas e de composição principal do look, injetando teatralidade e riqueza cultural ao visual. Na Alexander Mcqueen, vestidos e outras peças com padrões de linhas embaraçadas lembram o expressionismo abastrato, enquanto que nas criações da Marni, o fauvismo serviu de referência para as padronagens superlativas e ultra coloridas de peças volumosas e chamativas. Alguns dos principais movimentos de vanguarda do Sec. XX também foram lembrados, a exemplo dos olhos surrealistas que apareceram nas criações do estilista americano Christian Siriano e na homenagem mais do que literal às obras de Pablo Picasso – um dos fundadores do cubismo – na passarela da Moschino. A exuberância do estilo art nouveau se fez presente na Louis Vuitton – que trouxe inovação ao movimento ao aplica-lo em cores vívidas – e nas criações do estilista Christopher Kane, que se baseou no trabalho do arquiteto e designer escocês Charles Rennie Mackintosh. Influências mais modernas e urbanas serviram de referência para a coleção da Coach, que se valeu da pop-art do ilustrador americano Richard Bernstein para estampar blusas e suéteres e nas peças maximalistas e contemporâneas de Junya Watanabe em colaboração com os gaffitis coloridos de Demsky J. e da dupla brasileira de muralistas Douglas Pereira and Renato Reno, criadores do Bicicleta sem Freio. Conheça ou reconheça esses movimentos artísticos através da moda e aproveite seu tempo em casa para se integrar desses e de outros artistas.