Com as coleções fall 22 entrando nas lojas, as marcas produzem suas correspondentes campanhas que buscam, em poucos minutos, mostrar o espírito da coleção, além de gerar impacto e desejo para que as peças sejam efetivamente consumidas. Nesta leva de “fashion films”, percebemos que muitas marcas se utilizaram de cenários naturais, grandiosos e estonteantes para imprimir um conceito de liberdade, frescor e movimento em suas coleções, como se fossemos apenas um (belo) detalhe frente a algo muito mais expressivo e importante. Veja as principais campanhas de outono/inverno que tiveram a natureza como elemento principal de suas narrativas.
Neste episódio o am/pm entrevista a mulher multifacetada Carolina Ferraz, que conta um pouco sobre sua vida, sua atual rotina, seus projetos, percepções e vulnerabilidades. Foi um papo muito rico a respeito do olhar que essa mulher interessantíssima tem sobre o mundo e sobre as pessoas ao seu redor e eu espero que vocês aproveitem e absorvam tanto quanto eu. Confira o vídeo na íntegra abaixo e para ver outros vídeos do canal, basta se inscrever aqui
Durante as temporadas de moda das coleções spring 2021 e fall 2021/22 o mundo como conhecíamos havia mudado devido ao cenário pandêmico com o consequente isolamento social. Frente a esta nova realidade, muitas marcas optaram por mostrar suas coleções através de fashion films que são verdadeiras obras de arte, muitas vezes dirigidos por profissionais consagrados do ramo. A possibilidade de apresentar uma coleção dessa maneira pode ser diferente e nos fazer sentir falta de um desfile presencial, mas a verdade é que as marcas souberam como tirar proveito deste momento e entregaram conteúdos efetivamente criativos e que mostram a atmosfera de inspirações e referências dos estilista talvez de forma muito mais eficaz e fiel do que um desfile faria. É o caso, por exemplo, da coleção spring 2021 da Salvatore Ferragamo, cujas referências do estilista Paul Andrew no diretor Alfred Hitchcock inspiraram um curta cheio de mistérios, sofisticação enigmática e de fotografia incrível dirigido por Luca Guadagnino. Ou na apresentação da coleção Aria da Gucci, com um cenário repleto de luzes, performances marcantes dos modelos e trilha sonora arrebatadora. Temos ainda o espetáculo da Burberry, que na temporada spring 2021 promoveu uma espécie de instalação de arte contemporânea para mostrar sua coleção. São vários os exemplos que manifestam o que há de mais criativo e mirabolante nas cabeças destes competentes times por trás dos grandes nomes da moda. Selecionamos aqui alguns dos mais belos fashion films que valem a pena ser vistos.
Tem vídeo novo no canal AM/PM. Batemos um papo super descontraído com a Paula Merlo, diretora de conteúdo da Vogue Brasil. Na entrevista ela nos conta como chegou a esse cargo em uma das publicações mais relevantes do mercado e sua rotina como uma mulher que performa em múltiplos papéis. O vídeo completo você pode assistir abaixo. Inscreva-se no canal AM/PM e ative as notificações para poder receber as novidades. Quem já nos segue há um tempo sabe que nós não temos uma periodicidade definida, portanto, a inscrição e a ativação das notificações são importantes para que você não perca nosso conteúdo.
No retorno do canal AM/PM, tivemos uma conversa inspiradora com a coach de vida e carreira, especialista em desenvolvimento humano professora de Yoga, palestrante, mãe e minha amiga pessoal Ana Raia. Em um papo descontraído que teve como cenário o delicioso jardim de sua casa, Ana fala sobre carreira, objetivos de vida, ressignificação, ciclos, realizações, maternidade e, claro, suas experiências em tempos de isolamento social. Assista a entrevista na íntegra abaixo:
Nós pensamos que os filmes, além de ser uma ótima forma de entretenimento, são fontes importantes para que possamos entender parte do espírito de um período. Nós já demos sugestões sobre filmes dos anos 80 e 90 (que você pode ver aqui e aqui) e agora mostramos nossa seleção de películas que retratam bem como era a atmosfera dos anos 70. Muito mais do que estilo, queremos que você perceba todo o mood da época, como cabelo, make, músicas, decoração, cenários políticos, sociais e culturais etc. A estética setentista ainda é uma das mais lembradas quando pensamos em moda e ela vai muito além das roupas típicas do movimento disco ou mesmo do hippie. Na nossa lista temos, claro, os clássicos indispensáveis, os grandes sucessos da época, alguns filmes cult menos conhecidos do grande público, musicais, cinema europeu e brasileiro (grande parte do cinema de vanguarda nacional está nos anos 70 e 80) e filmes que são atuais mas que retratam fielmente o período.
Passada a temporada de alta-costura em Paris, Pierpaolo Piccioli nos presenteou com a coleção couture da Valentino que foi apresentada ontem, em Roma. Denominada “The Performance: of Grace and Light, a dialogue between Pierpaolo Piccioli and Nick Knight”, as 17 criações do estilista para a Maison parecem ter saído de um sonho. Na ausência de desfiles, Piccioli firmou parceria com Nick Knight, um dos fotógrafos mais reconhecidos e importantes do mundo, cujo trabalho beira o fantástico com imagens vanguardistas e de impressão plástica que causam um efeito visual impressionantemente belo. Ambientada em uma espécie de circo, com um fundo escuro profundo e vazio que garantia ainda mais destaque para as roupas, a coleção de alta-costura da Valentino teve foco no branco e nos metalizados claros, nas texturas leves, porém luxuosas de plumas e tules e, claro, nos volumes dramáticos que já são uma assinatura do trabalho de Piccioli. Os vestidos de comprimento exageradamente alongado vinham flutuando nos corpos das modelos colocadas em trapézios, causando um resultado final ainda mais exuberante e bem condizente com a função de escapismo que as criações de alta-costura têm o poder de causar.
A apresentação da alta-costura da Valentino ainda contou com uma performance transmitida ao vivo que vale a pena ser vista:
Christian Dior Fall 20/21 Couture
Nesta atípica apresentação da coleção de alta-costura da Dior, a estilista italiana Maria Grazia Chiuri opotou por mostrar suas criações através de manequins em miniatura. Em meados dos anos 40, após a devastação da Segunda Guerra Mundial era assim que os grandes costureiros franceses apresentavam suas coleções, tendo em vista a escassez de matéria-prima e a recessão que diminuria significativamente o numero de clientes dispostas a pagar por uma roupa feita sob medida. Foi neste período, inclusive, que Christian Dior criou o chamado new look através de sua Bar Silhouette, que injetou novamente o glamour dos tempos pré-guerra na moda e trouxe novo fôlego de otimismo e de escapismo para o mundo que se recuperava de tamanha tragédia. Não à toa, Maria Grazia buscou reinterpretar a elegância do período inicial da maison Dior, com vestidos extremamente trabalhados, impecáveis conjuntos de materiais nobres e densos, recortes e modelagens mais conservadores e o perfume ultra feminino e sofisticado típico do final da década de 40. Além dos manequins em tamanho de boneca, a coleção foi apresentada ao mundo através de um curta-metragem de ares surrealistas intitulado Le Mythe Dior, dirigido pelo italiano Matteo Garrone. A película tem atmosfera fantástica, cheia de seres mágicos atribuídos à natureza, como ninfas, sereias, fadas e mulheres saídas de conchas. É de fantasia que precisamos agora.
Alta-costura democrática
Certamente esta é a temporada de alta-costura mais democrática de que se tem notícia. Por mais que existam as transmissões em tempo real feitas pela própria marca ou pelos convidados que atendem ao desfile, existe a abismal diferença entre presenciar um show dessa categoria in loco e através de uma tela. Nessa temporada, no entanto, todos tiveram o mesmo acesso às apresentações, recebendo ou não um convite personalizado. Imaginar que grandes nomes da moda estavam dentro de suas casas, escritórios e ateliês assistindo ao desfile da Dior (assim como qualquer outro desfile dessa semana) nos coloca no mesmo patamar desses espectadores, com única diferença da peculiaridade do olhar. Portanto, por mais exclusiva que seja uma semana de moda de alta-costura, dessa vez houve a rara diferenciação pela igualdade de acesso.
Escapismo
Em tempos de isolamento, incertezas, recessão e tristeza, qual é o papel de uma semana de alta-costura? Certamente esta é a temporada mais exclusiva do circuito fashion e ainda mais exclusiva quando pensamos que apenas uma parcela ínfima da população tem acesso de fato ao que é apresentado ali. No entanto, assim como a moda representa a realidade do tempo presente, também tem o papel lúdico da fantasia. Nossos olhos e nossos ouvidos se interessam por tudo que é belo. Isso é fato. Seja no campo das artes, da música, do cinema e, obviamente, da moda, o que consideramos belo nos proporciona uma forma de escape da realidade, por mais cruel que ela possa parecer. Assim como no período da Segunda Guerra, onde Christian Dior propôs uma nova onda de otimismo através de criações que se diferenciavam pela elegância que fora perdida na obscuridade (mesmo que estivessem fora da realidade para milhares de pessoas), as criações couture tem esse papel importantíssimo e cada vez mais necessário de nos fazer sonhar, de estabelecer uma conexão com o belo. Ignorar a importância de se ter contato com o fantástico (e aqui nós poderíamos inserir qualquer tipo de “fuga”), mesmo que isso esteja fora do nosso alcance, é se prender à monotonia do conformismo e das limitações. Se permita sonhar.
Na semana passada fizemos uma seleção de filmes com foco na moda dos anos 90 (se perdeu, clique aqui). Hoje nós vamos mostrar nossas escolhas de filmes que representam a estética dos anos 80. Muito mais do que moda propriamente dita, nossos eleitos mostram a atmosfera oitentista – seja na luz, na música, na decoração, cabelo, make, acessórios, falas, tribos, costumes etc. Também fizemos uma pesquisa mais aprofundada para uma lista mais diversa, não apenas com os blockbusters americanos e mais conhecidos da época (mas que também são importantes para a compreensão desse período), porque sair do cenário high school dos Estados Unidos é essencial para enxergar de fato toda a representação ocidental dos anos 80. Na lista você encontrará tanto os sucessos conhecidos como cults europeus que são indispensáveis para qualquer cinéfilo e que não necessariamente têm seu foco no figurino. Aproveite o tempo em casa para rever alguns clássicos e conhecer novos títulos, a partir dos quais você poderá se aprofundar ainda mais para ampliar seu repertório.
Muitos movimentos importantes acontecem para que uma década seja caracterizada em termos de moda. Como sabemos, a moda anda ao lado de acontecimentos históricos, políticos e sociais, mudanças de comportamento, tribos, revoluções e até alterações climáticas. Certamente um dos períodos mais lembrados e revisitados pelas passarelas é a década de 90. Aqui tivemos transformações sociais importantes e movimentações culturais que viriam a influenciar a moda de maneira perpétua. Para entender um pouco desse caldeirão de tribos e referências que ocorreu nos anos 90, escolhemos doze filmes que retratam as principais mudanças estéticas que se deram na época. Temos o resquício do exagero oitentista que ainda permanecia no começo da década, passando pelo típico visual “mulheres ricas” que representava as abastadas clientes de históricas boutiques da Rodeo Drive, chegando às misturas de cores ácidas e texturas reluzentes com forte influência clubber encontradas na metade da época, ao visual minimalista e moderno que os estilistas japoneses trouxeram como resposta e, obviamente, à influência grunge – talvez a mais importante até hoje – finalizando novamente com os tons intensos, materiais brilhosos, recortes assimétricos e atmosfera futurista que a aproximação com os anos 2000 trazia. Aproveite este momento para ter uma aula sobre a moda dos anos 90 com essas películas que além de esteticamente lindas, são ótimas para passar o tempo.
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