Especial #FIQUEEMCASA | 10 séries, filmes e documentários que abordam questões raciais

10.06.20 | Vídeos


 

Blackface, colorismo, segregação, racismo reverso, racismo estrutural, racismo institucional, feminismo negro, a solidão da mulher negra, antirracismo. Estas são algumas das palavras mais recorrentes neste período, mas a verdade é que já devíamos estar abordando esses temas há muito mais tempo. Em tempos de isolamento, aproveite para se inteirar dos assuntos que a militância negra aborda muito antes do movimento Black Lives Matter, afinal, informação é uma das principais armas para que uma mudança significativa nas estruturas sociais seja realizada. Para que você comece a se aprofundar no tema, selecionamos dez séries, filmes e documentários que exploram as questões raciais nas suas mais diversas nuances.

 

Olhos que Condenam

 

 

A minissérie aborda a historia real de cinco jovens do Harlem que são injustamente condenados pelo estupro e espancamento de uma jovem mulher branca em Nova York no anos 80. O programa mostra como esses jovens foram considerados culpados desde o inicio das investigações, que contou com uma série de abusos físicos e psicológicos, provas forjadas e depoimentos manipulados que culminaram na prisão do grupo.

 

Crooklyn

 

 

Toda obra do cineasta americano Spike Lee é obrigatória quando tratamos de questões raciais. Neste filme sensível, o diretor se volta para a sua própria infância em um bairro do Brooklyn e mostra de maneira lírica o cotidiano de uma família negra nos anos 70. Os longos diálogos que são mostrados neste (e em todos os filmes de Lee) são verdadeiras aulas sobre o tema.

 

Say Her Name

 

https://youtu.be/SAoDQzAzEWw

 

O documentário gira em torno da história da ativista Sandra Blend, que foi encontrada morta em sua cela após ter sido injustamente abordada e presa por uma ocorrência de trânsito. O programa mostra o racismo institucional da polícia americana, os abusos e a injustiça sofridos por Blend e sua misteriosa morte que foi considerada suicídio, mas que ainda é questionada por familiares e ativistas.

 

O Ódio que Você Semeia

 

 

O filme conta a história da jovem Starr, que apesar de residir em um bairro periférico, estuda em uma escola particular e predominantemente branca. O racismo incialmente sutil vivido diariamente por Starr e a morte injusta de um amigo pelas mãos de um policial branco despertam a jovem para as questões segregacionistas e a conduzem para um ativismo mais intenso.

 

Ó Paí, Ó

 

 

O filme protagonizado por Lázaro Ramos mostra de maneira quase cômica o dia a dia dos moradores de um cortiço em Salvador. O filme trata de diversas questões ligadas ao racismo e à pobreza e expõe a violência contra jovens negros. O discurso inflamado que o personagem de Lázaro faz sobre racismo em meio a uma discussão é um soco no estômago.

 

Selma

 

 

O filme é baseado nas marchas de Selma a Montgomery lideradas por Martin Luther King Jr. que ocorreram em 1965 e que buscavam garantir o direito de voto para todos os afro-americanos. A película aborda todas as tensões vividas pelo personagem principal a medida em que seu nome foi ganhando protagonismo e como suas lutas geraram resultados para tornar a vida da comunidade negra um pouco mais igualitária.

 

Corra!

 

 

Apesar de ser considerado um filme de terror, Corra! explora a questão do racismo velado e a objetificação e apagamento de homens e mulheres negros. O relacionamento de um jovem negro com uma garota branca e de família abastada é colocado em xeque através de diálogos e atitudes que beiram o surreal, mas que, infelizmente, sabemos que são comuns. O filme conta com diversos códigos sutis para abordar a questão racial e que valem uma busca aprofundada.

 

What Happened, Miss Simone?

 

 

O documentário retrata de maneira honesta a vida da cantora e ativista Nina Simone. Através de depoimentos e cenas raras, testemunhamos a vida turbulenta da cantora, que tentava alinhar sua carreira com seu engajamento pelos direitos civis. Uma mulher brilhante e de personalidade forte que ainda têm muito a nos ensinar.

 

Cara Gente Branca

 

 

Após uma festa universitária onde se pratica o blackface, Sam White (Logan Browning), através de seu programa de rádio que dá nome à série, fala de maneira franca sobre os problemas raciais vividos por um grupo de jovens negros no cotidiano de um ambiente universitário majoritariamente branco. O programa vai além do racismo e trata sobre a solidão da mulher negra, apropriação cultural, o mito do racismo reverso, colorismo etc.

 

Loving

 

 

No estado da Virgínia nos anos 50, o casamento inter-racial não é só proibido como passível de punição severa. O filme conta a história verídica de Richard e Mildred Loving, que enfrentam as leis segregacionistas da época para manterem seu casamento.

Especial #FIQUEEMCASA | 27 criadores de conteúdo para seguir, se inspirar e se informar

04.06.20 | Get Inspired By Lifestyle


 

Tendo em vista os mais recentes acontecimentos, não poderíamos simplesmente nos silenciar ou deixar que nossa indignação e nosso suporte ficasse restrito somente às redes sociais. É preciso mudar e dar visibilidade ao movimento negro não apenas quando tragédias e mobilizações em massa acontecem, mas sempre. Precisamos fazer a nossa parte em mudar essas estruturas que valorizam somente a estética branca, especialmente na moda. Reconhecer nossos privilégios, nos aceitarmos como parte de uma sociedade racista e estudar formas de combater o racismo é apenas o primeiro passo para essa transformação. Para que você também faça parte desse movimento de mudança, que deve ser encarado como um exercício constante, selecionamos 27 criadores de conteúdo negros que abrangem os mais diversos segmentos. São músicos, militantes, stylists, maquiadores, modelos, cantores, membros da comunidade LGBTQI+, homens, mulheres, influenciadores, celebridades, anônimos, advogados, filósofos, escritores, cineastas, estilistas etc. que vão diversificar o seu feed, propor novas estéticas e olhares e trazer informações importantes para sairmos da nossa zona de conforto e aprendermos mais sobre o racismo e como podemos combate-lo. O protagonismo não pode e não deve ser somente branco. Aproveite este período de isolamento para refletir, compreender, estudar e mudar seus conceitos e pré-conceitos. O auto reconhecimento como racista é doloroso, porém necessário para a busca de informações, que é apenas o primeiro (mas muito importante) passo para que a mudança na nossa sociedade seja perpétua.

 

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