Os fashion films que são verdadeiras obras de arte

08.06.21 | Vídeos


 

Durante as temporadas de moda das coleções spring 2021 e fall 2021/22 o mundo como conhecíamos havia mudado devido ao cenário pandêmico com o consequente isolamento social. Frente a esta nova realidade, muitas marcas optaram por mostrar suas coleções através de fashion films que são verdadeiras obras de arte, muitas vezes dirigidos por profissionais consagrados do ramo. A possibilidade de apresentar uma coleção dessa maneira pode ser diferente e nos fazer sentir falta de um desfile presencial, mas a verdade é que as marcas souberam como tirar proveito deste momento e entregaram conteúdos efetivamente criativos e que mostram a atmosfera de inspirações e referências dos estilista talvez de forma muito mais eficaz e fiel do que um desfile faria. É o caso, por exemplo, da coleção spring 2021 da Salvatore Ferragamo, cujas referências do estilista Paul Andrew no diretor Alfred Hitchcock inspiraram um curta cheio de mistérios, sofisticação enigmática e de fotografia incrível dirigido por Luca Guadagnino. Ou na apresentação da coleção Aria da Gucci, com um cenário repleto de luzes, performances marcantes dos modelos e trilha sonora arrebatadora. Temos ainda o espetáculo da Burberry, que na temporada spring 2021 promoveu uma espécie de instalação de arte contemporânea para mostrar sua coleção. São vários os exemplos que manifestam o que há de mais criativo e mirabolante nas cabeças destes competentes times por trás dos grandes nomes da moda. Selecionamos aqui alguns dos mais belos fashion films que valem a pena ser vistos.

 

Salvatore Ferragamo – spring 2021 RTW

 

Gucci – fall 2021 RTW

 

Burberry – spring 2021 RTW

 

Celine – Fall 2021 RTW

 

Prada – Fall 2021 RTW

 

Saint Laurent – Fall 2021 RTW

 

Mugler – spring 2021 RTW

 

Chloé – spring 2021 RTW

 

Chanel – Fall 2021 RTW

 

Schiaparelli – Fall 2021 RTW

 

Miu Miu – Fall 2021 RTW

 

Louis Vuitton – Fall 2021 Menswear

primavera/verão 2022 | OVER THE TOP

25.03.21 | Moda Tendências


 

Quando tratamos dos movimentos de moda sempre olhamos para o futuro de acordo com o que acontece no presente. Nesse sentido, muito tem se falado a respeito dos looks confortáveis, que lembram da segurança (e muitas vezes da melancolia) do lar e da obrigação de se permanecer dentro de casa. Por conta disso as releituras dos conjuntos de moletom e das ditas “roupas de ficar em casa” foram bastante vistas durante as apresentações da temporada spring 2021 (que correspondente a nossa primavera/verão 2021/22) e sem sombra de dúvida se tornaram um dos movimentos mais importantes deste período pandêmico. Mas na contramão do aconchego extremo, está este movimento. É certo que muita gente vai querer se livrar da imagem dos dias de confinamento e botar para jogo suas peças mais extravagantes quando nossa liberdade voltar a ser algo possível. De olho nesse consumidor, muitas marcas se voltaram para um visual dramático, exagerado e que remete muito a essa ideia de escapismo que também é um dos papeis da moda. São texturas reluzentes, sobreposições extremas, volumes teatrais, matéria-prima nobre e, em alguns casos, todas essas características juntas. Muito desse movimento vem de referências dos looks da era disco da década de 70 e na extravagância quase lúdica dos anos 80. A ideia aqui é de otimismo, de esperança em um futuro menos nebuloso e mais colorido.

 

A alegria do vestir como guia para o visual pós-pandêmico

13.11.20 | Lifestyle Moda moda pra pensar


 

Estivemos isolados por muito tempo e, na verdade, os dias de confinamento social não só não foram totalmente suprimidos como ainda podem voltar a ser uma realidade em tempo integral, a exemplo do que aconteceu na Europa. Com tanto tempo em casa, o vestir se tornou algo muito atrelado à necessidade de conforto – físico e mental. Com exceção de alguma atenção para a parte de cima do corpo, com acessórios ou peças mais elaboradas e um talvez um mínimo de maquiagem para aparições um pouco mais cuidadosas nos dias de reuniões virtuais, a verdade é que o look do dia não fazia mais parte das nossas prioridades e se tornou simplesmente uma obrigação diária que não nos exigia muita reflexão frente a preocupações muito maiores que vieram com o advento da pandemia. No entanto, a vida inevitavelmente se adapta e volta ao normal, mesmo que esse normal não seja parecido com o que estávamos acostumados. Sair do acolhimento do lar em um momento tão delicado pode, sim, ser uma experiência um tanto quanto desafiadora e isso reflete na nossa comunicação visual, ou seja, nosso estado de espírito se manifesta, também, na forma como nos vestimos. As coleções da temporada spring 2021 mostram que o ato de se vestir não precisa se tornar mais um obstáculo e tampouco deve sacrificar o conforto.

 

 

 

 

É certo que diante de uma profusão de conjuntos de moletom usados de forma incansável, muitas pessoas querem voltar a se arrumar e temos movimentos nesse sentido também. Exageros, abundância e design efusivo para quem quer ser notado ao colocar os pés na rua e, na outra ponta, o conforto sofisticado para quem não abre mão do estilo mas ainda quer sentir a segurança que só um suéter de lã feito a mão é capaz de proporcionar. Essa mistura entre acolhimento e requinte formata o movimento da alegria de voltar a se vestir. Muitas marcas se utilizaram desse combo em suas novas coleções e vimos as peças que remetem ao visual confortável para se ficar em casa aliadas a outras mais nobres, construindo um novo estilo hi-low. As características principais desse movimento implicam em modelagens desprendidas, tecidos leves, porém distintos, styling sem grandes intervenções, mas com detalhes suficientes que demonstrem informação de moda, texturas simples misturadas com tramas mais elaboradas, o casual encontrando o refinamento.

 

 

 

 

Nos novos tempos, o ato de se vestir deve ser, acima de tudo, leve. A proposta aqui é vestir-se para se sentir bem, sem distinções entre o que é a roupa de sair e a de ficar em casa.