folk on the go!

02.06.15 | Look da Paula

Bom dia terça-feira! Hoje vocês vão ver mais um look que eu montei para um dia cheio de compromissos.

 

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Eu produzi esse look, pensando nos meus compromissos e também na temperatura aqui em São Paulo – o dia está gelado e promete ficar assim. E por causa disso, não tem nada melhor que tirar peças quentinhas do guarda-roupa, não é verdade?! Pois é, então aproveitei os elementos do mood invernal, como a cartela de cor em tons terrosos, a textura dos tecidos e também na tendência folk, que eu acho que tem tudo a ver com o momento, para compor meu visual.
Para quem me segue aqui no blog, sabe que a ERRE ERRE traduz muito bem esse elementos – a marca está apresentando coleções muito bacanas e modernas, e o movimento folk foi inspiração forte para este inverno, com túnicas estampadas, tricôs de franjas, estampas características, colete de pelo, além de investir em cores neutras porém de efeito, como esse marrom da minha “color pants”. Não é o máximo?!
Então vamos lá… Como eu disse, para um dia frio a sobreposição funciona muito bem. Além de garantir um efeito bacana para o look, ela é funcional e prática. Aqui eu apostei em um colete de pelo com comprimento mais alongado e gola arredondada. Ele traz um volume para a parte de cima, então preferi usar com uma túnica mais sequinha. A estampa mescla elementos geométricos e tribalistas, tão característicos da inspiração folk – adoro! Eu marquei a cintura com um cinto de tecido e fiz um efeito blousê na peça. Para quem é adepta do conforto, usá-la solta também fica interessante, mais despojada.
A brincadeira do comprimento diferente também merece destaque: o colete termina na altura do quadril, e usando com uma outra peça mais longa, fez com que minha silhueta se alongasse. Show!

 

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Para a parte de baixo, escolhi uma calça mais ajustada ao corpo, porém com um tecido que me permite se movimentar com conforto. Como disse acima, a cor é uma variação super bacana de marrom, que substitui muito bem uma outra cor clássica e neutra, para fugir do preto. A peça é democrática complementou o visual, atuando como peça-chave.
Para finalizar, os acessórios também são importantes… A bolsa segue a mesma cartela de cores da produção, misturando nude, off-white e preto – elegante e tradicional. Já o salto com tiras largas, é mais pesado e também serviu para dar aquele toque sensual que toda mulher não dispensa.
O que acharam? Eu adorei. Espero que sirva de inspiração para hoje.

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PAULA VESTE:

Túnica estampada: Erre Erre
Color jeans: Erre Erre
Colete pelúcia Erre Erre
Bolsa: Céline
Sandália de tiras: Christian Louboutin

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pink & blue com terracota!

26.05.15 | Look da Paula

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Olá, o meu look de hoje é bastante especial – um mix com a dupla pink and blue com o terracota! Num mood bem alto-astral a duplinha não só funcionou aqui, mas ficou elegante com a terceira cor! A blusa é de veludo devoré e oversized – uma combinação “high & low” de tecido sofisticado com modelagem despojada!!!

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A calça é bacanérrima gente – quem me conhece, sabe o quanto adoro essas modelagens diferenciadas, com o cavalo estilo “sarouel” ela tem pregas que saem da cintura e deixam a peça mais larguinha – o tipo de look que eu amo para dias de muitos compromissos profissionais, já que ele é confortável e tem muita informação de moda: que vão desde as cores, ao tecido e modelagem – tudo isso feito por quem entende de moda, a ERRE ERRE, como sempre arrasando nas coleções, cada dia amando mais o conceito da marca!

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Look total Erre Erre
Bolsa Atelier Mayer
Sapatilha Christian Louboutin

casual blue

19.05.15 | Look da Paula

E hoje é mais uma terça-feira de pura inspiração! Uma produção bem casual de calça flare estampada e top branco, sobrepostos ao maxi tricô marinho com tramas diferenciadas! Vejam abaixo os cliques do look da Paula e os detalhes!

 

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A produção é toda da ERRE ERRE – marca que apresentou sua coleção inspirada no movimento folk! A estampa e modelagem da calça provam isso, além da “construção” do tricô que lembra o trabalho de handmade, que eu adoro. Peça super confortável, por sinal! Usei com camiseta simples, para poder apostar em acessórios de peso!

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 A calça é de neoprene, com modelagem flare – peça super moderna, it da estação, ainda por cima favorece minha silhueta! E aí, gostaram?

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Look Erre Erre
Fotos Clara Holtz

mix de estampas p/b

04.05.15 | Look da Paula

 

E a semana começa com uma inspiração super especial para meu look, o dia das mães. Pensando não só nas peças, mas também nos detalhes, a segunda se inicia com um preto e branco que eu adoro. Vamos lá?!

 

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Para minha produção, a ideia foi misturar estampas em uma cartela mais neutra e elegante, então apostei em padronagens delicadas e harmoniosas, que passeavam pelo grafismo. O top cropped tem uma modelagem mais reta, com gola arredondada e manga longa – perfeito para combinar com a calça track, super soltinha, fazendo um shape confortável, mas com requinte. O salto é para alongar e dar um peso ao visual. Eu gosto assim!

 

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E como eu disse acima, o acessório foi protagonista! E o eleito foi um brinco de brilhantes com pérolas que herdei da minha mãe, como presente do nosso dia -lindo e especial! Meu look é todo da Erre Erre, que aposta sempre em uma mulher contemporânea e versátil, como nós! Gostaram?

 

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Look Erre Erre
Ankle boots Chanel
Fotos Clara Holtz

detalhes charmosos: estampa e bordado

27.04.15 | Look da Paula
Look Paula 7

 

Vocês sabem que estou adorando montar looks com macacão – a peça está com tudo e sempre me garante conforto sem parecer casual demais. E essa foi minha aposta para começar a semana.

 

Look Paula
Look Paula 2

 

Meu eleito traz uma padronagem aquarelada em tons delicados – muitas vezes, a cartela de cores causa um efeito incrível na peça, como agora. O decote é aberto, deixando o colo evidência – a modelagem é soltinha, com cintura marcada, onde fiz uma amarração causando um efeito blousê. O caimento é ótimo e confere um look lindo.

 

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Para acompanhar, escolhi um casaco com pérolas bordadas em todo seu contorno e bolsos, que tem um corte clássico que eu amei! Como sempre digo, detalhes são importantes para valorizar a peça.  Usei com uma sandália de duas tiras, para alongar minha silhueta, mas uma flat, uma sapatilha ou um oxford ficariam lindos também. Um visual que combina com um dia de trabalho, e até um jantar badalado. O look é todo da Erre Erre, que está com uma coleção lindíssima para o inverno, com apostas super bacanas.

 

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Look Erre Erre
Sandália Balenciaga
Fotos Clara Holtz

tom marsala para hoje

23.04.15 | Look da Paula

 

Para compor um look bacana, eu sempre considero alguns pontos importantes como modelagem, detalhes, texturas, enfim, sempre penso em algo de destaque na produção, e hoje me pautei na cor marsala, o pantone do ano. A tonalidade se assemelha ao vinho e funciona lindamente como um tom neutro para substituir o preto, por exemplo.

 

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Look Paula 2

 

E para seguir essa tendência, eu escolhi peças que juntas respiram glamour – o vestido de tricô tem uma modelagem mais seca, deixando a atenção para o casaco volumoso – ele é texturizado com linhas do próprio tecido, dando a sensação de pele. Como as duas peças são da mesma cor, o look ficou harmonioso e favoreceu a silhueta.

 

Look Paula 6
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Look Paula 3

 

Escolhi acessórios pesados para finalizar minha produção, com maxi-bag esportiva e ankle boots, que traz um pouco de sensualidade para o visual.Eu amei, e vocês? As peças são da Erre Erre, que está com uma coleção de inverno incrível, como já mostramos por aqui.

 

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Look total Erre Erre
Bolsa Chloé
Ankle boots Chanel
Fotos Clara Holtz

mix de xadrez com bordado de pérola

30.03.15 | Look da Paula

Embora as temperaturas ainda estejam quentes por aqui, já estou formatando a minha estética de inverno nos meus looks para inspirar vocês. Depois de visitar a loja da ERRE ERRE, me encantei por várias tendências que foram apostas da nova coleção da marca. O xadrez tipo cobertor (preto e vermelho) é uma opção chic e moderna para combinar com cores neutras como o preto e cinza. O blazer de alfaiataria traz elegância ao visual e o tricô bordado com pérolas e trama delicada, respira feminilidade – ele é perfeito para misturar com o casaco mais pesado.  Estou apaixonada pelo estilo que a marca propõe.

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Para finalizar a produção, investi em uma saia midi preta com bota de cano curto. Um look que une elementos de moda com elegância e muito conforto. Espero que gostem!

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Look Paula 5

Blazer e tricô Erre Erre
Saia Paula Martins
Bota Chanel
Fotos Clara Holtz

a temporada SPRING 24 em PARIS | pt.3

17.10.23 | Semanas de Moda


 

O beachwear é trazido para o contexto urbano em duas manifestações distintas e igualmente belas nas passarelas de Isabel Marant e Hermes. Na primeira, a conhecida estética boho chic da marca ganha contornos esportivos por meio das calças cargo, das parkas volumosas e dos macacões e shorts curtíssimos com fortes características utilitárias. A sensualidade despretensiosa de Marant se expõe através de leves vestidos em renda que reforçam seu DNA praiano cool e nas peças mais ajustadas e de textura metalizada que promovem um toque glam à coleção. Na sofisticada Hermés, a praia é trazida para a cidade de forma mais adulta e polida. Tops que remetem aos biquínis são combinados com saias mídi em couro texturizado, seguidos de ótimos conjuntos em linho, seda e algodão. Também se percebe uma nuance esportiva, mas de moda mais discreto e sofisticado. Sofisticação essa conseguida principalmente pela paleta de cores da coleção que transita entre vermelhos fechados, olivas, cinzas e brancos opacos.

 

 

Uma outra proposta do look de verão é apresentada nas coleções de Schiaparelli e McQueen. Estrutura, modernidade e exuberância são as palavras de ordem e não poderia ser diferente tendo em vista a própria trajetória das marcas. Na primeira, o surrealismo é trazido para as representações das lagostas desenhadas por Salvador Dalí tanto em texturas tridimensionais aplicadas em saias, blusas e acessórios, quanto em estampas superlativas que enaltecem um verão repleto de ostentação. As referências artísticas podem não ser tão evidentes na McQueen, mas a excentricidade aqui ganha vida pela estrutura, pelos metalizados e pela atmosfera que faz alusão a uma espécie de guerreira moderna através de designs que remetem a armaduras.

 

 

Na outra mão, temos a estética que enaltece a suavidade, uma ideia muito propagada nas outras semanas de moda. Surpreendentemente, a Louis Vuitton – que costuma trabalhar com camadas mais elaboradas, contextos experimentais e styling dramático – veio menos barulhenta, mas ainda assim contemporânea. Peças estruturadas e esportivas foram misturadas com outras mais fluídas e tradicionais criando um equilíbrio interessante entre o urbano e o bucólico. Na Zimmermann, que possui a delicadeza boho em seu DNA, a modernidade se fez presente em saias de couro, calças jeans amplas e alfaiataria desprendida, tudo em uma paleta mais opaca e com a adição de itens altamente românticos que levam a marca para um lugar mais atual.

 

 

Na Chanel, a estilista Virginie Viard estabelece seu compromisso com as roupas descomplicadas, porém extremamente chics. As texturas densas aplicadas em formas amplificadas e os looks finalizados com chinelos que lembram nossas amadas Havaianas criam essa atmosfera “easy chic” que é parte do DNA Chanel. Ótimos jeans, vestidos esvoaçantes, camisas listradas e a acessorização precisa completam a proposta.

 

 

O conceito de chic sem esforço ganha pitadas esportivas e modernas na coleção da Coperni, que adiciona detalhes insuitados como linhas diagonais, babados e peças com inspiração no universo da natação para reforçar a sua proposta do novo urbano. A Loewe, marca que também é conhecida por exuberâncias e experimentações, veio com uma coleção mais sossegada com ótimas peças em couro e calças de cintura altíssimas que desenham a silhueta de uma forma interessante. Com menos barulho e mais sofisticação também é a coleção de Victoria Beckham, que traz clássicos da alfaiataria em modelagens mais ajustadas, macacões de utilitarismo polido e bodys em tricô que ficam no meio termo entre a tradição e a inovação.

 

 

Seguindo a linha mais discreta também temos a Valentino, que continuou seu storytellin da coleção couture e trouxe vestidos lisos, camisas e calças jeans como uma reinvenção e atualização do luxo. O toque mágico fica por conta das peças inteiramente texturizadas e nas flores tridimensionais que formavam calças e vestidos.

 

 

Stella McCartney e Miu Miu têm muita coisa em comum nessa temporada. Aliás, a Miu Miu parece ter inspirado a estética de muitas marcas, já que suas narrativas visuais podem ser reconhecidas em algumas coleções apresentadas não só em Paris. A ousadia das calcinhas usadas como peça de composição principal do look, os delicados bordados aplicados em itens fluídos, o questionamento à estereotipização da feminilidade, a subjetividade do belo. Em ambas as coleções se nota essa anarquia estética, mas cada uma a sua maneira.

 

a temporada SPRING 24 em PARIS | pt.2

04.10.23 | Semanas de Moda


 

De toda essa temporada que trouxe narrativas ligadas à delicadeza e à ideia de feminilidade clássica, Paris foi a semana de moda que mais se distanciou desses conceitos românticos tradicionais e trouxe uma vertente mais minimalista e contemporânea da ideia de manifestações do feminino. Na Courréges, a alfaiataria ganha modernidade pelos recortes e pelas dimensões amplificadas. As linhas diagonais aplicadas em saias e vestidos, as fendas, os decotes e as golas abertas em um dos ombros são alguns dos recursos usados para deixar sempre uma parte estratégica da silhueta à mostra, o que traz não só dinamismo, quanto uma dose extra de sensualidade à seriedade atrelada aos conjuntos de alfaiataria. A coleção da Givenchy já faz uma leitura mais urbana da alfaiataria através de formas mais angulares, mas a narrativa sensual ainda se faz presente pelo uso da transparência e dos decotes mais aprofundados. Aqui o fator romântico se faz um pouco mais presente, especialmente pelos tons mais suaves e das texturas e estampas mais delicadas. Até nomes que possuem uma trajetória visual mais superlativa vieram com os pés no freio nesta temporada. É o caso da Dries Van Noten, que é conhecida por sua mistura de padronagens inusitadas e que nesta temporada trouxe um visual mais comedido, porém não menos moderno – como já é esperado da marca.

 

 

Minimalismo, no entanto, não é o movimento ideal para Rick Owens. O estilista que é conhecido pelo seu design futurista e associado à estética imaginada da vida extraterrestre não saiu de seu campo costumeiro de atuação e trouxe toda a sua visão conceitual à passarela. Nesta coleção, no entanto, conseguimos alcançar um ponto aqui e ali mais comercial. Embora as estruturas de Rick sigam uma linha mais vanguardista, suas calças de cintura altíssima e suas jaquetas arquitetônicas são perfeitamente imagináveis em uma dinâmica do dia a dia. Na Acne Studios, outra marca pautada pela modernidade experimental, vimos essa estética futurista ser levada para um lugar de maior fluidez. Peças esvoaçantes recebem intervenções que trazem as criações para um terreno moderno, fazendo com que o futuro idealizado pela marca não seja assim tão distópico.

 

 

O minimalismo também passa longe das passarelas da Rabanne e da Marni. Na primeira, as malhas e as aplicações metalizadas, os drapeados intensos e os artesanais robustos trazem um exagero bem-vindo a semana de moda de Paris. Na Marni, são as formas experimentais e as cores vibrantes que imprimem uma referência artística livre à uma temporada feita de tantas discrições. Barulho, afinal, também faz parte da vida.

 

 

Na Dior, misticismo e potência feminina se encontram e se entrelaçam em uma estética que é ao mesmo tempo real e com nuances góticas. O romance repleto de sensualidade trazido por Mariz Grazia Chiuri é inspirado por figuras femininas como Joana D`arc e as mulheres que ficaram conhecidas como as Bruxas de Salém. É uma coleção profunda nas cores, na make e nos acessórios mas que também emana uma beleza delicada especialmente pelo trabalho rústico com as rendas e nos acabamentos imperfeitos.

 

 

A escultura Nice de Samotrácia exposta no museu do Louvre e que representa a deusa da vitória, da força e da velocidade na mitologia grega foi a inspiração para a última coleção de Gabriela Hearst para a Chloé. Em peças repletas de textura e movimento, a estilista evoca uma feminilidade plural. A mulher de Hearst pode ser tanto romântica quanto destemida e esse universo se manifesta no movimento dos plissados marcados, na silhueta ovalar utilizada principalmente na parte de cima das peças, que causa uma ampliação do corpo sem perder a naturalidade, nas delicadas rendas, ou na densidade do couro. Aqui vimos a força feminina se mostrar das mais variadas formas.

 

 

Olivier Rousteing não é um designer que flerta com o minimalismo e não será em uma temporada majoritariamente minimalista que isso vai mudar. O maximalismo do estilista se converte em formas, texturas e cores superlativas com inspiração principal nas flores que aqui são representadas de maneira literal em aplicações tridimensionais e estampas excêntricas, que vêm junto com modelagens estruturadas, materiais chamativos e combinações de alto contraste. Tudo ao mesmo tempo acontece na passarela da Balmain, que se mantém fiel a sua trajetória independente das tendências do momento.

 

a temporada SPRING 24 em PARIS | pt.1

28.09.23 | Semanas de Moda


 

Vaquera desafia convenções e distorce o tradicional com um desfile moderno, questionador e visualmente contextual que faz parte da identidade da marca, abordagem também usada pela Weinsanto que trouxe uma coleção extremamente sensual ao mesmo tempo em que brincava com elementos fantasiosos – embora repleta de boas peças de complementação, blusas e calças bem ajustadas e corsets estruturados que fazem sozinhos qualquer visual.

 

 

Na Pierre Cardin, o futurismo que é tão inerente à trajetória da marca foi mostrado em uma vertente bem referenciada na década de 60. Vestidos curtos e estruturados, a típica gola escafandro, acessórios como óculos e botas de cano curto com fortes características sessentistas e padronagens geométricas de alto contraste de cores reforçam essa narrativa que é futurista e vintage ao mesmo tempo.

 

 

As narrativas mais românticas que vimos em outras semanas de moda desta temporada apareceram nas coleções apresentadas até agora, mas em Paris essa atmosfera tem sido levada para um lado com toques urbanos, estruturados e minimalistas. É o caso da CFCL com seus conjuntos monocromáticos levemente amplos e vestidos de base romântica apresentados em cores e materiais mais densos e por vezes com detalhes metalizados para equilibrar os códigos de delicadeza, mesmo recursos usados pela Mossi, que adicionou um pouco mais de volume, e maleabilidade às suas peças. A clara influencia oriental aqui é manifestada em recortes diagonais e drapeados que lembram as vestes tradicionais japonesas e adicionam tanto dinamismo quanto complexidade a peças de base mais clássica.

 

 

Itens tradicionais do armário são reconfigurados e sofrem intervenções que dão outra dinâmica para peças como calças de alfaiataria, camisas clássicas, vestidos retos em malha, blazers, parkas, bermudas e chemises. Na passarela da Victoria & Tomas, esses elementos sofrem intervenções contemporâneas de recortes, aplicações e detalhes utilitários que modernizam seu propósito original. Na Peter Do, essas descaracterizações são utilizadas através dos comprimentos inusitados e das construções mais elaboradas de camadas que trazem os clássicos para um lugar de contemporaneidade sem que percam a beleza e a utilidade para a vida real.

 

 

O futurismo sessentista volta a ser manifestado, desta vez na passarela da Anrealage, que se valeu de roupas feitas em materiais plásticos (recurso bastante visto em Milão também) para recriar um visual que remete muito aos filmes de ficção científica do período, especialmente porque muitas das roupas refletiam a luz do ambiente e mudavam de cor por completo. Texturas plásticas também foram vistas na Germanier, mas de uma maneira mais superlativa, refletindo muito mais um mood tropical do que futurista – fruto da colaboração com o estilista brasileiro Gustavo Silvestre da Projeto Ponto Firme.

 

 

Com o maior desfile dos primeiros dias de Paris Fashion Week, a Saint Laurent também se voltou para os anos 60, porém, com uma abordagem visual distinta. Cos referências e releituras de peças e estéticas icônicas que Yves Saint Laurent criou no período, a coleção foi composta em sua maioria por roupas para o dia a dia (de uma mulher extremamente sofisticada) através de macacões com nuances utilitárias, regatas básicas, saias-lápis, calças mais ajustadas e ótimos casacos de comprimentos diversos e impactantes pelo poder visual. Chic ao extremo, a coleção se diferencia do básico pelo styling que prezou pelos looks monocromáticos, pelos acessórios robustos que imprimiam um glamour dramático às composições (inclusive luvas de efeito slouchy) e na perfeição da paleta composta de tons cáqui e uma variação de terrosos que deixou tudo ainda mais sofisticado e desejável.