A semana de moda londrina aconteceu poucos dias depois do falecimento da Rainha Elizabeth II e o momento histórico foi lembrado pela maioria dos estilistas que atualizaram suas coleções a fim de incluir o sentimento deste luto em termos visuais. Em outros contextos, as apresentações parecem ter sido pautadas em oferecer perspectivas alternativas sobre uma peça ou um estilo, nos fazendo imaginar novas formas de construir um visual – a versatilidade não óbvia do jeans, uma outra maneira de se enxergar a narrativa romântica ou mesmo exercer novos olhares sobre aquelas peças que pensamos ser feitas para alguma situação específica. Confira os movimentos de moda que mapeamos nesta temporada londrina.

Muito mais do que um visual montado com base no absurdo para chamar a atenção de fotógrafos, as produções vistas em Londres dizem respeito à individualidade. É sobre tirar do armário aquela peça especial, guardada para uma ocasião específica que nunca chega. Os eventos recentes nos fizeram, também, repensar a nossa relação com o ato de vestir. Não é sobre por que usar, mas sim, por que não? Itens carregados de valor sentimental passam a fazer parte da comunicação visual do dia a dia por meio de uma manifestação singular de estilo. Unir peças statement com outras mais básicas ou casuais deixa de ser um simples truque hi-low e hoje se mostra como um exercício alternativo e sustentável de lidar com o nosso armário e, consequentemente, com o nossa imagem. É a criatividade usada com emoção. Roupas e acessórios que contam histórias, de origem familiar ou de meios alternativos de consumo, que possuem o peso e a beleza do tempo ou simplesmente são queridos pela sua forma única ao olhar de quem possui aquele item. É a expressão estética por meio do simples fato de usar tudo o que se tem vontade e como quiser. Liberdade da manifestação de estilo é um dos principais movimentos dessa geração e diz muito sobre as adaptações que a indústria precisa fazer para que seu mecanismo de criação do desejo não se torne obsoleto, já que muito além das tendências, a ideia é usar a moda como instrumento de exploração e vivência do hoje, do agora, sob um repertório totalmente subjetivo.

O circuito londrino costuma trazer aspectos alternativos de construções estéticas, até pelo conceito histórico da moda britânica, que costuma ser o berço de movimentos importantes e decisivos em termos culturais. A sensualidade continua em alta mas dessa vez ganha uma roupagem mais confortável, conseguida através de peças que se ajustam e se comportam como a silhueta. Essa linguagem sedutora também pode ser observada pela retratação de um visual mais obscuro, o que já vinha sendo notado antes das apresentações desta temporada. Desde a mais recente semana de moda de São Paulo até os desfiles alta-costura, o terror tem dado as caras e se consagrado como um grande movimento estético e em Londres esse contexto ganha ares fetichistas e glamourosos. No campo do romantismo, em Londres a tendência se mostra com características subversivas, bem ao estilo britânico de ser. Estampas que causam a ilusão de movimento e o utilitarismo elevado a níveis mais teatrais fecham nossas análises do circuito londrino que nos fornece um repertório interessante em termos de novidades e de novos olhares sobre manifestações de moda que já vinham ocorrendo.

Na semana passada nós falamos a respeito de algumas das cores apontadas pela Pantone como tendência da semana de moda de Nova York. Dando continuidade à análise de cores anual que a empresa realiza, escolhemos seis dos doze tons que aparecem no relatório da Pantone para a fashion week de Londres. Segundo o reporte (que você pode acessar clicando aqui), as cores da semana de moda londrina refletem esperança e otimismo, mixando os tons clássicos com outros mais efervescentes que criam contrastes artísticos e dramáticos em estampas, texturas ou looks totais. Das doze cores do direcionamento, escolhemos três mais claras e intensas e três escuras e opacas: beetroot purple, blush beauty, yellow iris, classic blue, bossa nova e storm. Apostamos nesses tons justamente pela mistura de eletricidade e tradicionalidade que o relatório propõe. As três cores mais intensas criam um visual mais alegre e contemporâneo, seja em looks monocromáticos ou misturadas entre si. Já as mais clássicas e escuras sugerem sofisticação e seriedade, mas não de uma maneira negativa. Os três tons combinam perfeitamente entre si e formam uma junção urbana na medida, sem muita acidez, mas com uma boa dose de informação de moda.

Chegamos na metade da temporada do inverno 2020 com as apresentações da capital inglesa. Londres é uma cidade que inspira novidades, já que muitos movimentos culturais importantes tiveram início por lá e essa atmosfera cool toma conta também do street style. Se em NY os casacos de pele fake foram os protagonistas da temporada, em Londres foi uma cor que tomou conta dos looks das fashionistas. O verde-oliva em seus mais variados tons veio em peças únicas, looks monocromáticos e casacos amplos que reforçavam a pegada militar da cor, mas de uma maneira bem menos óbvia e mais contemporânea. Os looks com jogos de proporções diferenciadas e compostos de peças urbanas como jaquetas jeans e calças de alfaiataria deixam a cor ainda mais sofisticada e atual. Para um visual de impacto, aposte no look oliva total ou misture a cor com outros tons neutros, que foi justamente o que vimos nos cliques do street style londrino.
*ao final do post, veja nossa curadoria clicando nas setas laterais para acessar os produtos

Shop!

A temporada de desfiles das coleções de outono ready to wear 2018 acabaram de ser apresentadas em Londres, um dos destinos mais cool das semanas de moda internacionais. Se já há algumas temporadas as modelagens oversized com roupas de shape desabado pareciam ser unanimidade, desta vez a estruturação entrou em cena. O que se notou foi uma clara inspiração na arquitetura de módulos, já que as peças pareciam ter sido encaixadas no corpo das modelos. Volumes estratégicos e rígidos foram colocados em calças, vestidos, camisas e casacos, dando a sensação de que o styling foi montado como uma espécie de armadura. Quadris e ombros foram os principais destaques destas novas dimensões. Por aqui, podemos antecipar a tendência através de peças compostas de materiais rígidos, como o couro e o jeans mais espesso. Veja algumas das marcas que beberam da fonte da arquitetura para suas coleções e, ao final, encontre nossa curadoria com roupas estruturadas, que trarão uma certa dramaticidade ao seu closet.

 

 

 

 
Shop the trend!
 

As principais semanas de moda internacionais, temporada spring summer 2018, ocorreram no último mês e agora é o momento de analisar os movimentos que surgiram por lá. Na beleza, algumas ideias casam perfeitamente com a primavera que vivemos aqui. Além do make natural, aposta que vem sendo confirmada há algumas estações, muito iluminador, bronzer, glitter, delineado azul, pink para uma boca statement, ou uma apenas uma corzinha para uma proposta mais fresca e casual, confira e inspire-se com a seleção de produtos:

A estlista Mary Katrantzou desfilou sua coleção fall 2017 nesta semana, na London Fashion Week. A alegria que é característica da marca não ficou somente nas criações cheias de cores e texturas, mas também na beleza das modelos. Com uma técnica parecida com a aquarela, as sombras em cores que variavam das mais intensas às doces pareciam ter sido jogadas com um pincel na pálpebra das modelos. Ótima inspiração para o carnaval! Para conseguir esse efeito você pode usar uma sombra cremosa, ou molhar um pincel ou um cotonete antes de aplicar o produto. Veja nossa curadoria de sombras inspirada no desfile de Mary Katrantzou ao final do post!

 


 
Se inspire no desfile de Mary Katrantzou para sua beauté de carnaval!