08.05.23 | Moda
Pela primeira vez a maison francesa apresenta um desfile de uma coleção pre-fall. Antes dedicada à temporada Resort, grandes desfiles da Louis Vuitton acontecem em diversos lugares do mundo onde há uma bela integração entre moda, cultura local e arquitetura. Dessa vez a apresentação foi levada até Seoul, onde tomou a ponte Jamsugyo, uma construção magnífica que integra perfeitamente a relação entre natureza e ambiente urbano. Obviamente que esse conceito entre homem, natureza e a relação com o que nos cerca foi explorado pelo estilista Nicolas Ghesquière, que nos concedeu uma coleção com silhuetas e construções familiares ao seu esplêndido trabalho na Vuitton adicionando nuances futuristas que integram essa ponte entre o ocidente e o oriente.
A atmosfera esportiva da primeira parte do desfile deu lugar a peças mais adultas e estruturadas, ricas em textura e elaboradas em construção de styling. Apesar dos ombros levemente marcados e dos cortes em “A” aplicados em casacos e saias, podemos notar as formas orgânicas em alguns detalhes, como cintos, saias e blusas, demostrando essa manifestação entre os ângulos atrelados a ambientes urbanos e a sinuosidade das manifestações da natureza. Vestidos e calças de proporções mais fluídas fecharam a apresentação, que acabou por receber o toque único e distinto dos ventos fortes que passavam pelo local. O efeito gerado tanto nas peças quanto no cabelo das modelos acabou por completar o ciclo criativo entre homem e natureza que Ghesquière quis manifestar visualmente nesta coleção.
22.12.22 | Get Inspired By Moda
Com o final do ano se aproximando chega a hora de fazermos um balanço sobre os principais movimentos e apresentações que ocorreram no circuito internacional de semanas de moda. Na nossa opinião dez coleções se destacam não apenas pelo quesito inovação, mas também por marcas com identidades muito fortes terem escolhido caminhos diversos, outras por terem apostado na excelência da técnica mesmo em estéticas mais minimalistas, ou mesmo por reafirmar, a cada temporada de maneira distinta, sua herança e trajetória. Confira quais foram os desfiles que mais nos impactaram neste ano.
23.03.22 | moda pra pensar Semanas de Moda Street Style
Estamos sempre indo além. O mercado de trabalho sempre nos exigiu pensamentos e atitudes fora da caixa e as redes sociais vieram para reforçar esse comportamento. Nos deparamos com um conteúdo e logo a aba do “arrasta pra cima” já está pipocando em nossa tela, nos instigando a ir além do que foi inicialmente apresentado. A geração “swipe up” mostra que é possível ir além não apenas no conteúdo, mas também no estilo. Vimos nas ruas da semana de moda de Paris que um casaco não é só um casaco, que uma calça não é só uma calça e que, de fato, um acessório ou uma cor bem escolhidos criam uma narrativa diversa para se ir além do esperado. São detalhes enriquecedores e interferências inusitadas que tiram qualquer peça do lugar de trivialidade e transformam o visual em um verdadeiro manifesto. Pense em recortes, texturas, tons e elementos de design colocados em contextos inesperados que empurram o estilo para um nível muito mais criativo e arriscado. Observe os detalhes e se permita ir além.
16.03.22 | Moda Semanas de Moda Tendências
O circuito de Paris é sempre um dos mais aguardados das temporadas de moda, seja pela tradição, seja pelas apresentações de alguns dos nomes mais importantes da indústria. O que notamos, no entanto, foi uma ausência de inovação, salvo por algumas marcas que já se destacam pela experimentação. Talvez as nossas expectativas tenham sido um pouco elevadas com esses primeiros desfiles presenciais após o período de confinamento, mas a impressão geral que as apresentações nos causaram foi de prudência – voltar devagar, não mostrar todas as cartas de uma vez. Afinal, é esperado e até recomendado que a moda pise um pouco no freio para absorver todas as mudanças que os últimos acontecimentos globais causaram nos consumidores e talvez seja essa a razão do nosso sentimento de comedimento criativo. O que se viu, além das confirmações de alguns dos movimentos que observamos nos circuitos anteriores, foi principalmente o resgate de estéticas e narrativas vistas há poucas temporadas, como a bota over the knee, os maxi suéteres e a revisitação do estilo gótico. Composições que antes eram descritas como sendo de inspiração no universo da alfaiataria masculina ganham um destaque importante nas passarelas desta temporada e geram um debate acerca da roupa de gênero fluído: ainda é pertinente que digamos que esse visual é de influência masculina? Por que não dizer simplesmente que essa linguagem faz parte de um repertório de vestuário independente de gênero? Afinal, homens vestem saias e mulheres vestem calças (apenas para citar algumas peças que são rotuladas como masculinas e femininas) e dizer que um ou outro está “vestida de homem” ou “vestido de mulher” nos parece um tanto quanto ultrapassado. Por isso escolhemos dar a esse movimento o nome de “power dressing”, inspirado pela tribo dos yuppies dos anos 80 (tanto faz se homens ou mulheres) que carregavam uma imagem corporativa marcante pelas características do período. No âmbito dos movimentos que surgem de pautas contemporâneas, temos uma evolução do contexto de proteção que despontou em função da pandemia – antes caracterizado pelas roupas que escondiam e protegiam a silhueta do toque, hoje inspirado pelos esportes radicais – e também a revitalização de algumas peças do armário que ganham novo fôlego através de interpretações alternativas para sua função original, indicando uma preocupação com questões sustentáveis.
09.10.20 | Moda Semanas de Moda
Chegamos ao fim de mais uma temporada de moda com apresentações importantes . É certo que o desfalque de nomes que amamos fizeram com que estas fashion weeks ficassem um pouco menos efervescentes, mas ao mesmo tempo o período pede esse recolhimento. Nas apresentações que fecharam a semana de moda de Paris, tivemos movimentos voltados para uma clientela mais jovem, com marcas como Miu Miu e Giambattista Valli propondo um visual delicado, atemporal e ao mesmo tempo contemporâneo pelos toques esportivos e com certo apelo de sensualidade nos detalhes. Já as marcas mais tradicionais continuam com sua identidade bem marcante, como no caso da Louis Vuitton que, com o design próprio do trabalho de Nicolas Ghesquiere, explorou a discussão sobre as roupas sem gênero definido através de uma alfaiataria ampla e sofisticada inspirada no clássico filme de 1982, Wings of Desire. Aliás, o cinema também serviu de pano de fundo para a coleção da Chanel de Virginie Viard que, sempre com um nível polido e elevado em suas criações, materializou a influencia que Gabrielle Chanel exerceu sobre as atrizes ao longo dos anos de existência de sua marca.
16.07.20 | Look da Paula
As coleções conhecidas como cruise/resort foram originalmente criadas para a clientela que fugia do frio no hemisfério norte para destinos de férias mais quentes. Como as coleções de inverno não serviriam para a ocasião e repetir as criações das coleções passadas de verão não era uma opção, grandes marcas passaram a elaborar coleções mais enxutas, de design simples e comercial e específicas para temperaturas mais elevadas. Com o passar do tempo, essa temporada se mostrou bem lucrativa para o mercado, já que essas coleções permanecem mais tempo na loja – até que haja a transição das coleções outono/inverno e primavera/verão – e seu design mais simples e democrático alcança uma gama maior de clientes. Outra peculiaridade a respeito da temporada resort é que nomes grandes da moda promovem desfiles extravagantes, geralmente em algum destino fora do circuito tradicional das fashion weeks. A Louis Vuitton é um desses nomes que investem pesado nas apresentações resort e já levou seu público para destinos como Rio de Janeiro, Nova York, Palm Springs, Kyoto, Riviera Francesa dentre outros. Mas em decorrência do novo momento que vivemos, deslocar um público considerável para uma apresentação luxuosa mostra uma desconexão com a realidade. Nicolas Ghesquière, portanto, optou por mostrar uma coleção enxuta mas não menos eficiente para o que o DNA da temporada pede. Outro ponto a respeito do resort da Louis Vuitton é que dificilmente sua cliente aproveitará uma viagem de férias quando a economia está instável e os postos de trabalho retornam aos poucos a sua rotina normal. Nicolas, ao que parece, produziu pensando a respeito desse retorno gradual para a realidade, que também não precisa ser tedioso e difícil. O office look proposto pela Vuitton tem personalidade, despojamento e é ultra contemporâneo. Com as clássicas assinaturas do trabalho de Ghesquière, como a exploração das formas orgânicas, as construções estruturadas da silhueta e a mistura de referências passadas com design futurista, a volta ao trabalho se torna muito mais interessante e menos cansativa, especialmente pelas influências esportivas e utilitárias que são sugeridas através de tênis, coturnos robustos, calças cargo e parkas amplas.
10.03.20 | Look da Paula
Ontem aconteceu o evento da GIMI Network (@giminetwork), uma plataforma muito bacana que promove educação financeira para mulheres. Para a ocasião, a Paula escolheu aquele visual à prova de erros que é rico nos detalhes. Qualquer base de look mais simples ganha sofisticação com um blazer branco na finalização. A peça bem ajustada e com os ombros levemente proeminentes dá uma cara mais arrumada ao visual e é nos pequenos detalhes que você deixa a produção mais estilosa. As mangas levantadas e o mix de acessórios já deixam o look mais interessante e o sapato de pegada masculina com aplicações é o toque final para deixar tudo ainda mais despojado e contemporâneo. Confira os detalhes do look da Paula e se inspire com a nossa seleção de produtos ao final do post.
Blazer Zara
Calça Gloria Coelho
Sapato Louis Vuitton
Fotos Lu Prezia
15.05.19 | Moda Semanas de Moda Tendências
Nós já falamos aqui no blog sobre as temporadas chamadas cruise e resort, que na verdade são coleções mais simples e comerciais que servem para trazer novidades às lojas no hiato entre as temporadas fall e spring. Não são todas as marcas que criam para a temporada resort, mas nós temos nomes importantes nesse circuito e que promovem verdadeiros shows em seus desfiles, que são realizados nos mais diversos lugares. Nas apresentações mais recentes nós notamos um clima bucólico nas criações, que trouxeram uma atmosfera mais calma e ligada ao campo. Cores opacas, estampas xadrezes e florais delicados, mangas bufantes, babados etc., são alguns dos elementos que fazem parte deste clima campestre promovido por diversas marcas. Para aderir ao movimento, vale investir em um visual quase literal, com looks completos que remetem a essa referência (Chanel e Prada, por exemplo), ou se você prefere produções mais modernas, misture algo delicado com peças contemporâneas para equilibrar a doçura da tendência, como na proposta da Louis Vuitton. Veja como o clima do campo foi levado para as passarelas e encontre nossa seleção de produtos que remetem ao movimento ao final do post.
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20.03.15 | Moda Semanas de Moda
A primeira fila dos desfiles é sempre um show a parte! Celebridades, formadores de opinião e cantores mostram seus estilos com muita autenticidade. A gente selecionou os “top-looks” na front row de um dos desfiles mais bochichados do Paris fashion week! Sempre acontece no Instituto Louis Vuitton que é um prédio lindíssimo e mesmo sendo um pouco fora de mão, é um dos locais mais desejados dos fashionistas!
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