Winter SALE | os clássicos indispensáveis

21.08.20 | Personal Stylist Styling


 

O período de liquidações pode ser aproveitado tanto para comprar aqueles itens que estão em evidência e são mais marcantes – portanto com vida útil menor no armário – como as peças clássicas e indispensáveis em qualquer closet feminino. Consideramos uma peça clássica (que não tem a ver com o estilo propriamente dito), quando ela atravessa as estações e continua sendo usada independentemente das tendências, quando otimiza o seu guarda-roupas, podendo ser combinada com diversos itens e formar looks distintos, quando ela possui as cores ditas tradicionais e mais fáceis de combinar etc. Fizemos uma seleção de 30 itens garimpados das liquidações de inverno que cumprem esse papel. São tricôs, suéteres, calças, casacos, jaquetas etc. que podem tranquilamente ser usadas por muito tempo e possibilitam a edição de produções distintas, já que podem, por exemplo, formar bases de composição simples dando espaço para outras peças de finalização mais chamativas, caso seu estilo seja mais expansivo – como as criativas, as dramáticas e as sensuais. Para obter mais informações sobre os produtos da nossa curadoria, basta clicar na sua imagem.

 

Especial #FIQUEEMCASA | 7 tendências para esta temporada (e para a vida de agora em diante)

07.04.20 | Get Inspired By Lifestyle


 

Em tempos difíceis não basta falarmos apenas dos movimentos que a moda tomará daqui para frente de modo que não seja sensível e não represente os atuais momentos. Tendências por si só são efêmeras e mudam de acordo com os eventos que acontecem em nosso meio social. Agora é hora de mudar. O mundo nunca mais vai ser o mesmo depois desse baque que estamos levando de maneira tão repentina e o mesmo acontecerá com a moda. É preciso mudança, adaptação e consciência do meio em que se vive. Por isso, independente do que já tenhamos falado sobre os movimentos de moda dessa e das próximas temporadas, temos plena consciência das mudanças que estão por vir e de como isso afetará nossa percepção sobre o consumo para sempre. Por isso, listamos sete tendências para esta temporada outono\inverno e que na verdade podem ser levadas em consideração para a vida.

 

 

Investir em peças consideradas atemporais é um ato de sustentabilidade. Itens que podem ter um valor maior muitas vezes carregam a garantia de origem de materiais e de mão de obra, qualidade, versatilidade, caimento, beleza e durabilidade. Daqui para frente, consumir menos e investir em poucos e bons é a atitude da moda.

 

 

Liberdade de movimentos, pé no chão, toques aconchegantes. Ir e vir – um luxo nos tempos atuais. Nada mais atual do que priorizar o conforto do seu corpo ao invés de uma aparência artificial e extremamente trabalhada, construída apenas para impressionar. Quando a rotina voltar ao normal e os compromissos aparecerem, sentir o abraço de uma roupa que te deixe segura faz a diferença para encarar novamente o mundo.

 

 

Apesar das tendências que detectamos indicarem um visual rico e ostensivo, com base em movimentos urbanos do final de década de 80 (portanto extremamente superlativos), tudo indica que voltaremos nossos olhares para cores que remetem à natureza. Terrosos, verdes, azuis e tons com neutralidade de temperatura inspiram um visual menos chamativo e, de certa forma, em harmonia com o coletivo. O charme da discrição e a sofisticação das matizes naturais inspiram o visual contemporâneo.

 

 

A atmosfera que inspira cuidado e a necessidade de se sentir confortável na própria pele sugerem uma silhueta coberta, mas que nada tem a ver com conservadorismo. O afastamento social deixará marcas, mesmo que essa não seja nossa intenção. Sentir-se seguro em suas vestimentas é um movimento inevitável diante de um cenário de pandemia, mesmo que esta esteja erradicada. Conjuntos, sobretudos, macacões, camisas fechadas, calças com barras alongadas e, em casos mais extremos, luvas, toucas e balaclavas farão parte do dia a dia das pessoas, especialmente nos dias de temperaturas mais amenas.

 

 

Todos nós temos aquelas peças que são designadas apenas para os dias de ficar em casa. Moletons, tricôs amplos, calças largas e de materiais menos nobres podem ser ressignificadas e editadas para produções fora do lar. Isso significa promover um novo olhar para as peças que você já possui, mesmo que elas estivessem destinadas, num primeiro momento, para os momentos “dentro de casa”. Reaproveitamento é uma forma importante de promover a sustentabilidade.

 

 

Movimentos de troca, compras em brechós e bazares de segunda mão, reaproveitamento dos itens dos armários das amigas, da irmã, da mãe e das avós. Trazer o vintage e o usado para os dias atuais é uma maneira eficiente de pensar em dar utilidade ao que já existe, ao invés de simplesmente descartar ou substituir. Consumir menos para consumir certo.

 

 

Um visual simples e natural é eterno. Dar prioridade a pequenos produtores, saber a origem das suas roupas, tornar o vestir uma experiência de edificação pessoal. Esse é o novo luxo. Procure por tecidos naturais, produtores locais, artesãos que perpetuem uma tradição. A simplicidade é o movimento do futuro.

outono/inverno 2020 – DARK ROMANCE

03.03.20 | Moda Tendências


 

O estilo romântico é pautado pela delicadeza. Mulheres que tem esse estilo como principal gostam de cores claras, estampas florais, comprimento midi, mangas bufantes, vestidos acinturados, sapatos de bico arredondado, peças rendadas etc. Ao que parece, a temporada outono/inverno será sobre a revisitação desse estilo em uma nova roupagem, menos açucarada e mais contemporânea, já que a ideia aqui é integrar essa feminilidade com características de outros estilos. O movimento Dark Romance, que identificamos nos desfiles da temporada fall 2019 que corresponde ao inverno deste ano aqui no hemisfério sul, mistura o romantismo com densidade, sensualidade, casualidade e dramaticidade. Os mesmos elementos que compõem o visual da mulher romântica entram aqui, mas de uma maneira mais pesada, com misturas de materiais rígidos, transparência, brilho, texturas, volume, finalização com acessórios mais urbanos e botas robustas e, claro, tendo o preto como pano de fundo.

 


 

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LONDON FASHION WEEK – As botas que dominaram o street style da semana de moda londrina

20.02.20 | Semanas de Moda Tendências


 

A semana de moda londrina inspira pela inovação, afinal, essa é a cidade-berço de diversos movimentos culturais urbanos importantes que ajudaram a moldar novos comportamentos sociais e que causaram impacto permanente na moda. É de se esperar, portanto, que o street style de Londres seja muito mais moderno e vanguardista que nas outras cidades do circuito tradicional. E observando as imagens das mulheres que passaram pelos desfiles, notamos a presença maciça das chunky boots. Essas são botas bem robustas, como o próprio nome sugere, de solado grosso e tratorado, forma arredondada e visual quase grosseiro. Essa mistura de coturno com galocha é perfeita para o clima chuvoso de Londres, além de conceder uma boa dose de estilo para o look. A bota pode ser usada com peças mais femininas, como saias curtas e vestidos fluídos para equilibrar o romantismo do visual, com casacos amplos para uma produção bem urbana e, como vimos bastante, colocadas por cima de calças de modelagem mais solta para que se crie um volume diferenciado. Confira como as convidadas dos desfiles da semana de moda de Londres usaram suas chunky boots e encontre nossa seleção dessas peças ao final do post.

 

 

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Spring 2020 COUTURE | A única peça que você precisa ter no inverno de acordo com o street style da semana de alta-costura

28.01.20 | Street Style


 

Aquela máxima de que no inverno as pessoas se vestem melhor vai ser ainda mais verdadeira depois que você incluir essa peça na sua produção. O couro sempre foi um item chave nas temperaturas mais amenas, mas de acordo com o que vimos no street style da semana de alta costura de Paris, ele não só vem como um clássico, mas também se torna o protagonista do visual em sobretudos, jaquetas e casacos statement. Casacos longos e acinturados, jaquetas com textura e detalhes em pelo fake, aplicações e franjas e peças oversize com detalhes utilitários são o terceiro elemento que você precisa para passar pela temporada de inverno com um toque de riqueza no look.

 

 

 

 

 


 

 

 

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#TBT botas vitorianas

16.01.20 | Moda Tendências


 

O #TBT de hoje vai longe, mais especificamente na era vitoriana, período compreendido entre 1837 e 1901, durante o reinado da Rainha Victoria da Inglaterra. Naquela época, imitar a silhueta baixa e delicada da Rainha era a moda, portanto as roupas e acessórios com amarrações estavam em alta, justamente para comprimir o corpo e chegar no ideal de beleza do período. Nessa pegada de diminuição da silhueta a todo custo, até os pés sofriam e os calçados tinham amarrações para fazê-los ter aparência de serem menores. Sorte nossa que esses tempos de intervenções extremas para adequação do corpo a um certo padrão não faz mais parte da realidade e podemos usar a moda para expressão do que realmente gostamos. Os modelos das botas vitorianas vistos nas passarelas da temporada outono/inverno 2020 são bem parecidos com os usados naquela época e carregam uma atmosfera vintage forte. Bicos que podem ser redondos ou mais angulosos, mas sempre proeminentes, cadarços, fitas ou fivelas (no caso de modelos com toques mais modernos) para fechamento e salto médio são as principais características desta bota que pode ser usada com peças mais contemporâneas e volumosas para equilibrar o ar antigo do modelo.

 

 

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INVERNO 2020 – Ostentação old school

08.01.20 | Moda Tendências


 

Com o verão no auge, chegou a hora de começarmos a falar das tendências do inverno, já que aqui no escritório nós gostamos mesmo é de trabalhar com o futuro. Dos diversos movimentos que nós já conseguimos detectar para a próxima estação, um se destaca pela estética marcante e pela sua evolução ao longo das temporadas de desfiles. No inverno passado a gente apelidou essa tendência de “The Fresh Princess”, em alusão ao seriado de sucesso dos anos 90 estrelado por Will Smith. Para esta temporada, a atmosfera peculiar dessa tendência ainda é influenciada pelos movimentos culturais das ruas, como o hip-hop e o graffiti do final dos anos 80 para meados dos anos 90, mas de uma forma muito mais abrangente e sofisticada. O visual dessa tendência pede ostentação. Texturas metalizadas, fake fur, casacos amplos, animal print, exagero nos acessórios e composições de extremos – sensualidade e atitude, romance e urbanidade, despretensão e exibicionismo – fazem parte do pacote deste movimento. Veja o mood da tendência e se inspire para suas produções de inverno.

 

 

 

 

 

 

As cores da SPFW 48

22.10.19 | Semanas de Moda Tendências


 

Nos despedimos de mais uma semana de moda de São Paulo e esta edição ficou marcada pelo gás dos novos talentos, pela preocupação com a sustentabilidade especialmente através do upcycling e pela inclusão. Uma diversidade de raças, corpos, orientações e idades deixou a SPFW muito mais aberta, representativa e interessante. No começo do nosso processo de mapeamento de conteúdos, vamos falar das cores. A maioria das coleções desfiladas são as da temporada outono/inverno 2020, portanto, tons mais escuros e tradicionais apareceram bastante, mas também dividiram espaço com matizes intensas que são menos lembradas nessas estações. Perceba também que as cores, mesmo as mais brilhantes, deixam de ser apenas um ponto de luz no look colocadas em acessórios ou uma peça. A proposta é que elas sejam usadas no look completo, seja em blocos de variações de uma mesma família ou monocromático. Veja as oito cores que se destacaram nessa edição e já se atualize para a próxima temporada.

 


 


 


 


 


 


 


 

SPFW N.48 | Cavalera

17.10.19 | Semanas de Moda


 

 

Alberto Hiar veio do cenário musical efervescente da década de 90 e com o propósito de criar uma marca que vendesse muito mais um manifesto do que apenas roupas, fundou, em 1995, junto com Igor (então baterista do Sepultura) a Cavalera. Desde então, a marca é uma das mais aguardadas da semana de moda de São Paulo e já promoveu desfiles memoráveis durante o evento. De lá para cá, a Cavalera já passou por diversas mudanças, mas sempre se mantém atualizada e capta questões sociais importantes de cada período, o que faz com que suas roupas não sejam simplesmente roupas, mas uma maneira de contestação.

 

 

 

Batizada de “skate, punk, Jamaica no País do futebol”, a coleção trouxe casting de gêneros, corpos e orientações diversificados e composto em sua maioria por modelos negros. O desfile tem início com Seu Jorge falando sobre as estatísticas de morte da população negra por arma de fogo. Em seguida, dançarinos adentram à passarela e, após uma breve apresentação, se colocam sentados em frente à primeira fila, mostrando de quem realmente é o desfile – jovens, em sua maioria negros e periféricos, estigmatizados pela sociedade de padrão branco e com poucos ou nenhum privilégio. Emerson Timba e Leo Bronks são stylists desses mesmos jovens que encontraram no funk uma esperança de respeito ascensão social. E são eles que assinam essa coleção da Cavaleira, cheia de ironia, questionamento e inclusão. O futebol foi escolhido como uma das referências da coleção justamente porque a sociedade pré-julga que este é o único instrumento de mudança para um jovem negro. Não é. E a Cavalera chega com esse desfile para arremessar as mudanças sociais em nosso peito, ou seja, elas estão acontecendo e vão continuar a ganhar força, quer você queira ou não. Muito mais do que moda, a Cavalera vende um estilo de vida que conversa com as novas gerações (livres de rótulos, empática e questionadora) e que protesta frente aos aspectos dos tempos anuviados em que vivemos.

 

 

 
Fotos: Zé Takahashi

SPFW N.48 | Angela Brito

17.10.19 | Semanas de Moda


 

 

De Cabo Verde para o Rio de Janeiro e da Casa de Criadores para a São Paulo Fashion Week, Ângela Brito fundou sua marca em 2014 com o propósito de oferecer roupas de qualidade, criativas e confortáveis. Ângela segue a linha slow e tudo que produz é feito com cuidado e atenção em cada detalhe. Seu minimalismo é futurístico, pontuado pelo design contemporâneo, pelos shapes desabados e recortes inusitados que oferecem riqueza sem afetação para suas peças.

 

 

 

Nesta coleção Ângela traz uma atmosfera bucólica que não ficou restrita ao cenário da apresentação. Vestidos ao mesmo tempo leves e estruturados, blusas assimétricas, camisas com mangas românticas na medida e saias trabalhadas com sobreposições utilitárias reforçaram o objetivo da estilista de conexão com a natureza, principalmente àquela de inspiração em seu continente Natal. A estampa floral abstrata que apareceu em diversos looks foi feita pelo fotógrafo Marcos Florentino, que digitalizou a padronagem nos tecidos. Ângela Brito mostrou uma coleção com afinidade de opostos. Os recortes e assimetrias ao mesmo tempo em que desconstruíam, davam vida a novas formas. Estrutura e leveza. Romantismo adulto e sensualidade equilibrada. As criações de Ângela neste desfile de estreia demonstram afetividade com suas raízes africanas não só pelo design propriamente dito, mas também pela consideração ao optar por um casting composto apenas de modelos negras, pelo styling produzido pelo nigeriano Daniel Obasi e até pela beleza das modelos, inspirada pelos povos do Vale Omo na Etiópia.

 



 

 

 

 
Fotos: Zé Takahashi e Marcelo Soubhia